Sou a favor da liberação das drogas e do casamento gay, não sou conservador, sou antilulista
Não sou conservador e sou antilulista, por isso nessas eleições não voto em Lula nem em Bolsonaro. Quando pareço defender Bolsonaro é porque, na realidade, estou desfazendo as mentiras da grande mídia contra Bolsonaro, que automaticamente favorecem o lulismo. Não tenho nada contra a esquerda, só o fato de apoiarem essa guinada corrupta a qual assistimos nos governos petistas. Sou a favor da liberação das drogas, porque acho que cada um é livre para decidir seu destino. Argumentam que a liberação aumenta o consumo, assim como a liberação sexual aumentou o sexo, temos que encarrar isso como normal e respeitar a escolha das pessoas. Sou a favor de quem prega "meu corpo minhas regras", mas acho contraditório alguém assim dizer que está disposta a ser fiel.
Não sou um conservador, também porque acho que as igrejas cristãs são homofóbicas e machistas. Agradeçamos muito disso a Paulo ou São Paulo, que reforçou na bíblia a homofobia e praticamente reeditou o machismo. Curiosamente o Cristo não foi nem homofóbico nem misógino. Acho que a igreja católica especialmente, porque um documento papal tem o mesmo status das escrituras, pode corrigir esse rumo, traçado por Paulo. Afora ele, só no Levítico, um livro controverso, se condena a prática homossexual.
Não sou a favor, no entanto, da captura das pautas identitárias pela esquerda, desse atrelamento, porque faz com que o fortalecimento do movimento das mulheres, gays e pretos signifique o fortalecimento da esquerda. Ainda sou de esquerda, mas sou contra o socialismo. Parece paradoxal, acontece que sou anarquista, mas não de esquerda ou de direita. Sou anarquista cooperativista, que não se atrita com o capitalismo, apenas aponta suas grandes falhas e se coloca como alternativa.
O socialismo prega a igualdade e quem leu o mínimo de Giles Deleuze, o filósofo da imanência e da diferença, sabe que isso não é possível. E, matematicamente falando, não é a riqueza que gera a pobreza. Considero que Marx está certo em sua abordagem sociológica, o capitalismo é excludente, ele só erra quando aponta o socialismo como solução ao invés do anarquismo cooperativista, como eu o concebo. O anarquismo de Mikhail Bakunin e Pierre-Joseph Proudhon ainda tem um ranço socialista e defende a equivocadamente a igualdade. Sou contra a igualdade, porque reconheço a importância do mérito, seria como o Puja da tradição Yogue.
Quem dá mais tem que receber mais como reconhecimento pelo que fez, por isso é normal haver riqueza. Admito que exista a riqueza que vem da pura exploração e da ganância, mas não é a maioria, isso pode ser explicado pela dialética hegeliana, adotada por Jacques Lacan, do senhor e do escravo. No mais, Marx está correto quando trata da precariedade do proletariado e da função ideológica do Estado. Está correto quando diz que o capitalismo subordina corpos e mentes, como tão bem ressaltou Foucault, Felix Guattari e Fredric Jameson entre muitos. Precisamos viver e produzir para a liberdade e a verdadeira liberdade só existe no anarquismo cooperativista. A tecnologia libertou o homem do trabalho penoso, podemos viver mais artisticamente e intelectualmente.
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