Bethânia e Caetano, homenageados pela Globo, pena que foi a Globo




 O Caldeirão com Mion prestou uma bela e merecida homenagem a Maria Bethânia e Caetano Veloso, neste sábado,06, o cenário, um mosaico com fotos dos dois em várias fases da carreira. Cantaram músicas representativas de períodos marcantes vividos nos palcos e repercutidos na mídia nacional.  Pena que tudo isto serve para fortalecer o discurso do amor, a narrativa da inclusividadade e da ecologia que visa apenas construir uma embalagem bonita e cintilante para embrulhar um sistema corrupto e uma esquerda corrupta. A Globo já apoiou uma ditadura de direita, dos coronéis corruptos, e agora apoia uma de esquerda. E a estratégia é sempre a mesma, explorar o talento artístico, vampirizar os artistas.


O mtio fundador desta esquerda corrupta, a ditadura militar, foi bem explorado, estava tudo linkado a partir daí, o gatilho estava armado muito bem. O grande astro defensor da democracia de antes, abençoando a pseudo democracia de hoje e a afirmando como legítima. 


Caetano é um gênio de fato, acho ele o mais versátil e inventivo artísta brasileiro na área musical. É experimentalista e lírico ao mesmo tampo. Esta coisa enorme que é a sua arte se reduz a fortalecer a tirania cultural da Globo, merecia um palco bem melhor. Tenho certeza que Caetano não vê a meca em que se mete, pois tem uma visão idealizada da esquerda e por sua necessidade de ser reconhecido pela intelectualidade universitária. Raul Seixas neste sentido foi mais esperto e maior.


Fiz uma matéria recente sobre Caetano, esta é só para registrar o fato relevante e mostrar toda a sua incoerência. Caetano, mesmo gênio, precisa pagar seus boletos e garatir a segurança fianceira de quantas gerações possa, isto é instintivo para os que ganham muito dinheito, este protecionismo geracional. 


Caetano foi louvaso como um farol e ele de fato foi um e o maior entre eles. Ele nos mostrou como sermos urbanos, cosmopolitas, ele que sacudiu o nosso mofo terceiromundista-provinciano-acanhado-recalcado. No mais, a homenagem foi só luz. Mion não é um poeta ou um semiótico, mas empregou as palavras certas para retratar estas brilhantes trajetórias.

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