Vice dos sonhos, coligação do pesadelo?





Circula na internet um pequeno artigo dando conta de que Paulo Cezar busca em vão por um vice dos sonhos, que não será Roberto Torres, nem Alfredo Menezes e nem a ex-prefeita de Cardeal da Silva, porque a principal função do vice é agregar um segmento resistente ao candidato a prefeito. Esta de fato é a lei do pragmatismo, mas até onde ele tem nos levado, mundialmente?


O mundo todo clama por princípios e rejeita o identitarismo, que é divisionista e pragmático. Roberto Torres é um homem de qualidades invejáveis e Alfredo Menezes é um jovem senhor de boa índole. Eles não agregam nada em uma campanha? agregam, pois representam valores que estamos perdendo. Nenhum segmento vai votar em alguém que rejeita por causa do vice, já passamos disto.


O vice dos sonhos é de fato Luciano Sérgio e o candidato dos sonhos é mesmo Gustavo Carmo, mas ambos caminham nas sombras de dois velhos políticos que trazem para o palanque seus acertos e erros, além da coligação de dois bicudos que não se beijam sinalizar um pesadelo futuro - coligação do "Unidos hoje,  separados em 2026".


 Ah, mas PC é condenado por corrupção... e quantos do PT foram condenados por corrupção, inocentados pelo STF? Quem pode dizer na política brasileira este é honesto, aquele é desonesto? Honesto é quem não foi pego roubando, é isso? Se uma campanha para vereador custa de R$ 500 a R$ 1 milhão, quanto custa uma de prefeito? Mesmo com o fundo partidário, o mensalão e o petrolão já escancararam que política no Brasil se faz com caixa 2.


Fico imaginando o the day after, caso Gustavo Carmo vença. Como será a distribuição das secretarias? Se PT quiser manter a prática de trazer  estrangeiros, vai poder? Como serão ordenadas as prioridades, continuaremos com a ênfase em asfalto? E o esgotamento sanitário, iniciado com o PT e até agora inconcluso, como será o acerto com Lula, precisa de mais dinheiro? Ele virá? Ou a verba está perdida nos corredores da Caixa Econômica? Vejamos o Plano de Governo que sairá do Fala aê? Se for igual ao orçamento partcipativo, com plateias domesticadas, veremos mais pragmatismo e obras eleitoreiras. Mas quem vai se beneficiar delas nas eleições de deputados em 2026?


Vou dar a dica novamente, para se saber quem foi o melhor prefeito nestes últimos 24 anos, tomem por base o que fizeram com recursos próprios. Por este critério, todos foram bastante medianos, isso para ser generoso. Todos construíram suas imagens em cima das obras dos governos Federal e Estadual e de emendas parlamentares. Sabemos quanto custa uma emenda parlamentar, como elas alimentam o caixa 2 de campanha no Brasil, Alagoinhas pode ser uma exceção. Vejo mesmice e confusão à vista. Uma mulher será prefeita em 2028, como forma de organizar o caos de quase trinta anos de pragmatismo asfáltico.

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