Vini Jr é o melhor do mundo, quietos racistas do mundo

 



Vinícius Júnior foi tratado com justiça desta vez. o The Best Fifa o reconheceu como o melhor jogador do mundo da temporada 2023/2024, com 25 gols e 11 assistências em 47 jogos disputados. Alcançou títulos como o Campeonato Espanhol, a Champions League, com participações marcantes e decisivas. Ao receber o prêmio, Vini lembrou de sua infância, criança de pés descalços em São Gonçalo, "perto da pobreza e da violência".


Aparentemente agradeceu a todos que o ajudaram a chegar neste patamar de sucesso, ao técnico Carlo Ancelotti, que mais apostou nele e o orientou, ao clube, ao time, ao Flamengo. É certo que um peso foi tirado dos seus ombros, o mundo não é tão racista como alguns querem fazer acreditar, os supremacistas raciais, lógico. Eles quase ganham a parada no Bola de Ouro, armado para humilhar o brasileiro.


Quiseram dizer que ele não ganhou a premiação da revista France Futeball/Uefa, devido a seu comportamento provocador em campo. De fato, desde da Copa América, que ele vinha acentuando seu envolvimento nestes episódios de destempêro. Contudo usar isto para desqualificar seus feitos como atleta é típico da estratégia racista. Para estes, os negros, ou nós negros, têm que fazer dez vezes mais para serem reconhecidos como iguais, quem dirá como o melhor.


Como jornalista negro e pobre, sinto que sou julgado com mais rigor do que se fosse branco, filho de comerciante da cidade. Se fosse bem nascido teria meu caminho bem mais facilitado. Sinto como se estivesse concorrendo ao cargo de santo e não de jornalista. Aqui se costuma reconhecer tardiamente as pessoas que não têm pele clara e posses. Alagoinhas é muito racista. Até os anos 80 praticamente não havia casamentos interraciais na classe média. Existia o clube do branco classe média e aquele destinado ao preto, cinema idem, fim dos anos 50, início dos 60. 


Preto era prestigiado enquanto músico das filarmônicas e quando atuava nos clubes de futebol, mas não para casar com a filha de meu senhor. A vitória de Vinícius Jr coloca no devido lugar o preconceito e mostra que já existem muitos que o superaram. Ele foi escolhido por duas das categorias de votantes, os capitães dos clubes e os torcedores. Entre os técnicos e a imprensa, deu Rodri, com pouca frente, mas, na soma geral, Vini se sobressaiu. Hoje o Brasil quebra um jejum de 17 anos, o último jogador brasileiro considerado o melhor do mundo foi Kaká em 2007. Espera-se, como um verdadeiro rei, que ele seja humilde com os adversários e não ostente de forma provocativa seu mais novo título.

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