Anistia Já! Ainda estamos aqui
Cerca de 400 mil pessoas, segundo a PM, se reuniram em apoio à anistia aos presos do dia 8/01, no Rio de Janeiro, neste domingo. Não houve golpe, só um débil mental pode acreditar nesta narrativa, houve vandalismo. Os condenados por este ato, tios e tias com Bíblia debaixo do braço, são sentenciados a até 17 anos de prisão, pena superior à empregada em homicídio qualificado. Como não há como reverter a pena, já que o STF é a última instância de julgamento, é acertado o emprego do expediente da anistia. ANISTIA JÁ!
Muitos que estão presos sequer entraram nos prédios e os que entraram nada vandalizaram. Não se faz golpe militar sem armas, sem uma liderança política e um grupo político articulado. Estes manifestantes estavam, sim, acampados em frente ao quartel do exército durante meses, pedindo uma intervenção militar, garantia da lei e da ordem, instituto constitucional, em vista de toda a manipulação realizada para tirar Lula da cadeia, condenado por corrupção, e colocá-lo na presidência da república, em uma sucessão de atos ilegais e antidemocráticos, a começar com a perseguição da direita conservadora para intimidar qualquer tipo de oposição, anos antes.
Isto sim foi um golpe, realizado com todo apoio da grande mídia, liderada pela rede Globo, sempre e historicamente a favor de golpistas desde 1964. Não esquecendo da articulação com institutos de pesquisa. Mas não se prendeu ninguém pelo acampamento. Precisou-se ocorrer o vandalismo nos prédios dos três poderes, que poderia ter sido evitado, pois vários avisos foram dados ao executivo pela PF. Como foi golpe se um dos ministros do Lula, Gonçalves Dias do GSI, estava no interior de um dos prédios, servindo água a manifestantes. E Flávio Dino, ministro da Justiça à época, deixou que as fitas do sistema de segurança fossem apagadas?
Deixar pessoas de 50 a 60 anos na prisão por 17 anos é quase uma sentença de morte e fazer isto ilegalmente é um crime. Uma mulher está presa porque escreveu com baton "perdeu, mané", em uma das estátuas. Clezão foi morto na prisão, pois lhe foi negado atendimento médico pelo mesmo que conduziu e conduz todas as arbritrariedades as quais assistimos impotentes. O povo foi às ruas em massa e ordeiramente como sempre fez. Estão certos que no Brasil se pratica odientos atos de ditatoriais e que este é mais um deles. Realmente a ditadura "ainda está aqui", só que mudou de lado apenas. O mundo já está de olho no Brasil. Nos EUA, estão a caminho retaliações aos que ferem a liberdade de expressão. As coisas vão mudar, voltaremos à normalidade institucional, para que de uma vez por todas tomemos o rumo do desenvolvimento com justiça social e meritocracia - elas podem andar juntas. Antes de tudo, precisamos do voto impresso.
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