Orçamento Participativo: população já começa a descobrir que não funciona
No texto abaixo, produzido pelo jornalista Caio Pimenta, nota-se a decepção do líder comunitário de Narandiba, Andro Gonçalves, com o Orçamento Participativo. Veja como as queixas dele convergem para as críticas feitas por mim e por Enaldo Sacramento, em artigo para o Pereira News. O OP não tem quórum representativo, poucos comparecem às reuniões. E força o morador a optar por uma obra apenas, quando a região tem mais de 10 demandas e urgências. O OP pode ser uma forma de cooptar lideranças políticas - futuros cabos eleitorais - e servir como bela embalagem para ocultar o autoritarismo de esquerda. Reuniões nas associação com o prefeito e secretários funcionariam bem mais. E hoje pode-se lançar mão de enquetes e pesquisas on line. Leia o texto abaixo:
Em entrevista concedida na manhã desta quinta feira(05) ao programa Primeira Mão, da rádio Ouro Negro FM, na o líder comunitário da localidade de Narandiba, Andro Gonçalves, criticou a forma como o Orçamento Participativo(OP) de Alagoinhas está sendo conduzido pela Superintendência Municipal de Participação Popular(SUPAPO).
Na opinião de Andro, a atuação da SUPAPO é dispensável, já que as demandas da comunidade foram explicitadas pelas comunidades da região ao atual prefeito, Gustavo Carmo, durante a formação do seu programa de governo, através das reuniões do Falaê.
O líder comunitário disse ainda que na reunião do Orçamento Participativo, onde a comunidade só tem direito a escolher uma obra para ser colocada na Lei Orçamentaria Anual, a decisão dos moradores não foi acolhida, sob a justificativa de que não caberia no Orçamento, fazendo com que a possibilidade de escolha da comunidade se torne reduzida. Ele chegou a classificar a OP como "a peneira do Falaê".
Acompanhando a discussão, o empresário e radialista Juscélio Carmo, ligou para o programa e se juntou a Andro Gonçalves nas críticas ao Orçamento Participativo e a Superintendência Municipal de Participação Popular. Ele disse que o trabalho de observar as demandas das localidades já é desempenhada pelas associações de bairro, cabendo ao governo resolver essas reivindicações.
"Se essa merda de orçamento participativo valesse alguma coisa, o PT não tinha tomado 4 paus, dois de Paulo Cezar e dois de Joaquim Neto, nas eleições", disse Juscélio.
Juscélio ainda criticou a secretaria municipal de governo, relatando que diversos líderes comunitários tem reclamado de dificuldades em serem atendidos pela pasta.
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