Caos na Saúde - discriminação ou má gestão?

 



Para sermos justos, em recente matéria sobre o atendimento público municipal em Saúde, alguns assuntos não foram mencionados, embora tivessem sido tratados na apresentação da secretária de Saúde, Laína Ramos, na Câmara de Vereadores, como, por exemplo, os recentes investimentos na maternidade, destinados a cirurgias eletivas, que há algum tempo estão sendo realizadas em Catu, pasmem.


 A Maternidade João Carlos Meirelles Paolilo passa por reforma e adequação para melhor acolher a população e para a realização de cirurgias eletivas. Com investimento orçado em aproximadamente R$ 751 mil, a obra contará com a readequação física da unidade, ampliação do número de leitos, e o acréscimo de duas salas de cirurgia para para fazer frente à demanda crescente de serviços. (trecho do release da Prefeitura, publicado aqui nesse site).


O que a matéria não cita (nem a secretária citou) é se o recurso refere-se a uma emenda parlamentar do deputado Federal Paulo Azi para a Santa Casa de Misericórdia ou não. O objeto pelo menos é o mesmo. Se for, a Prefeitura está abanando com o chapéu alheio.


Mas por outro lado, gostaríamos de saber exatamente o porquê da Maternidade ter um custo operacional de R$ 2,5 mi e receber do Governo Federal apenas R$ 176 mil.


Trata-se de uma monstruosidade do Governo Federal ou a gestão dos contratos por parte do município é ou foi mal conduzida no que diz respeito a entrega de informações e cumprimento de metas etc? Isso aconteceu recentemente com o SAMU.


Mas parece  que as coisas estranhas não ficam por aí. Em 2020, Alagoinhas, com uma população de 153 mil habitantes, recebeu do Governo Federal em Custeio referente ao Fundo Municipal de Saúde (de modo geral) apenas R$ 48mi, enquanto a pequena Guanambi,  com 85 mil habitantes, foi contemplada com R$39mi, Ilhéus, com 4 mil habitantes a mais, captou 80mi,  foram enviados a Teixeira de Freitas, com 11 mil habitantes a mais, R$ 99mi, Barreiras, com 5 mil habitantes a mais, angariou R$ 112mi. Parece que o repasse sofre influência do FPM de cada município, como aventei na referida matéria, mas será que é só isso ou existe má gestão dos contratos? 


 Tem mais, Paulo Afonso, com menos habitantes(119 mil), atraiu bem mais que a gente, R$ 59 mi. Se bem que o FPM de 2020 de Paulo Afonso foi de R$ 50,07 mi e o de Alagoinhas ficou na casa de R$ 88,7mi. Renato Almeida, Juci Cardoso, me ajudem. Com a palavra a Prefeitura e os especialistas da cidade em finanças públicas.

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