Moro parece que acertou o tom e representará a terceira via

 





Uma entrevista de dois minutos e meio na Jovem Pan hoje pela manhã, e repercutida no programa Pânico, mostra que Sérgio Moro está bem afinado para assumir a terceira via, que significa a faixa do eleitorado que não vota nem em Lula nem em Bolsonaro, como eu por exemplo. Em menos de 10 dias com o nome colocado para a disputa presidencial, ele já encolheu os números de Luiz Henrique Mandetta e de João Doria e levemente mexeu no eleitorado de Ciro Gomes, chegando a 14% em recente pesquisa, segundo análise feita no Pânico por Emílio Surita e sua bancada. Sérgio Moro se coloca como o candidato anticorrupção, liberal e a favor, pelo menos, da posse de armas, muito próximo do Bolsonaro de 2018, sem ter esquema de rachadinha nas costas e sem a  companhia do Centrão. O Centrão, mas do que nunca, terá que se dividir para sobreviver, se ficar em um palanque só, afundará o candidato. Moro surge como o candidato antistablishment e isso ainda tem apelo.


Tudo  vai depender do tipo de aliança que formalizar de agora em diante. Como é um tucano enrustido, caso se aproxime da ala envolvida em corrupção do PSDB, ficará com o discurso esvaziado, mas se porventura manter-se equidistante desse segmento, pode decolar. Anima-me essa possibilidade, mesmo sabendo que ele foi leviano com Bolsonaro em sua saída do governo. Erro não é crime e é perdoável. Parece-me que ele vai sustentar o projeto da terceira via. Considerando a referida entrevista, ele arrancou bem, me impressionou pelo menos. Meu lema é "antes um liberal, que um representante do capitalismo de estado. Socialismo é apenas uma ideia a ser um dia resgatada  pelo cooperativismo - a saída.

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