Tomara que Deus entre com Mendonça no STF
O advogado, ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União André Mendonça foi aprovado nesta quarta-feira (1º) por 47 votos a 32 — em votação secreta — pelo plenário do Senado e será o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em substituição a Marco Aurélio Mello, que se aposentou em julho.
Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, Mendonça foi sabatinado durante oito horas nesta quarta na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O colegiado aprovou a indicação por 18 votos a 9. No plenário, Mendonça obteve somente seis votos a mais que o necessário (maioria absoluta de 41).
Ao contrário de Nunes Marques, pertencente ao establishment, afinado com os poderosos que ditam os rumos da política nacional, desde nossa independência, Mendonça, representa uma ala conservadora que em tese resiste a ideologia globalista. Isso significa pouco já que os evangélicos são tão heterogêneos e reúnem desde verdadeiros cristão a mercadores da fé.
De qualquer sorte, será uma voz dissonante ao discurso globalista e à postura servil que o STF apresenta historicamente e se acentuou com os governos de FHC e do PT. O mínimo de honradez também se espera na hora de julgar os escandalosos casos corrupção, que sempre nos parecem contar com a leniência da corte, devido às raras condenações e as diversas prescrições. De outro lado, espero que não impregne de preconceitos religiosos suas decisões. Acreditar em Deus, acreditar demais em Deus e ser ateu são posições que trazem vantagens e perigos. Mas é bom que esse debate tenha ficado mais plural.
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