Discordo de Caio Pimenta



 



Discordo do amigo e competente colega Caio Pimenta ( que é quase meu chefe/contratante). É princípio básico da economia que se uma atividade não for objeto de lucro e que seja de interesse público, deve ser assumida pelo Estado. O subsídio seria um caminho, mas torna-se questionável quando utilizado para manter o lucro dos empresários e quando retira recursos de setores reconhecidamente carentes como a Saúde, por exemplo. Claro que jornalista não sabe de nada, a sociedade deve levar esse debate adiante.


Se a prefeitura subsidiar os R$4 milhões injetados pelos empreendedores por ano, pelo menos três unidades do PSF deixariam em tese de serem construídas ou vários especialistas médicos deixariam de ser contratados ou várias exames de alta complexidade realizados. Esclarecendo, mais uma vez, que o empréstimo de R$ 50 mi deveria ser destinado a salvar a saúde do município que está agonizando.


Acho que antes do transporte público, quem está na UTI é a saúde, para ela é que deveriam ser destinados esses supostos R$ 4 mi de subsídio. 


Não seria interessante  pensarmos em privatizar o SAAE e estatizar o transporte público e a limpeza pública? Modelo francês ou americano? 


Por que não um movimento dos prefeitos para reduzir o ICMS do diesel, já que os governos "lucram" com seu aumento? Já que vamos arcar com um subsídio, vamos pensar em uma política nacional para isso, que cada ente federado entre com uma parte. 


Mas também é preciso regulamentar a obras de pavimentação para acabar com o asfalto sonrisal, que onera o custo da passagem. O dinheiro para asfaltar uma rua com material de qualidade se emprega em dez com cobertura de má resistência.


E se tivéssemos um sistema mais organizado com horários precisos em cada ponto, reduzindo a quantidade de veículos e com a utilização de micro ônibus e se os capitalistas do setor operassem com ônibus novos para reduzir o custo de manutenção e o gasto de combustível? 


E se o sistema de cobrança fosse todo eletrônico, dispensando os cobradores? E se diminuíssemos os encargos trabalhistas no país como defendem os liberais? 


E se a saúde pública fosse de qualidade para que plano de saúde deixasse de ser uma reivindicação trabalhista? E se parássemos de votar em políticos ladrões nesse país - isso de forma genérica sem fazer alusão a ninguém? 


Só concordo com Caio Pimenta quando ele diz que o povo não pode pagar R$ 3,90 (em reunião José Santana da UAMA foi contra o aumento), que a esquerda não tem mais a liderança popular e  que Joaquim Neto está com a imagem desgastada por conta de sua má gestão.



Um comentário:

  1. Fiquei em dúvida, de quem é esse texto, mas o achei 75% coerente. Realmente o município tem que achar uma saída plausível para o problema do momento: transporte. Todavia; sem sacrificar Os empresários, pois; comem o pâo que o diabo amassou para se manterem na labuta, Vejamos : a) Manutenção da frota caríssima pelos seguintes motivos : estradas rurais e urbanas em estado de miséria absoluta, B) salários dos trabalhadores, combustiveis e peças indubitavelmente aumentam de preços e sâo dois fatores terríveis que oneram a permanência das frotas no trabalho diário. Já o povo que utiliza o transporte coletivo, todos nós sabemos que se encontra em um dos piores momentos da história do país inteiro, pois; o desemprego é sem dúvida o fator terrivelmente limitante. Para sermos sinceros o município é o grande patrâo do momento, indubitavelmente tem que ir para o sacrifício. E nâo me venham com bolodoros chorumelares.

    ericsoncarvalho10c@hotmail.com

    Escrevendo como sempre: independentemente e sinceramente.

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