Subsídio à tarifa de ônibus e o capitalismo chinês





 O que  o subsídio ao transporte coletivo de Alagoinhas tem a ver com a CHINA? Nada, mas tem relação estreita com o modelo de governança lá gestado, que está se espalhando.  pelo mundo. Já chegou nos EUA e está se alojando na Europa. O modelo é ditatorial. Tem só a fachada, a forma de democracia. É o capitalismo de estado, que reúne o autoritarismo socialista com as regras do mercado capitalista. É o pior do capitalismo somado ao pior do socialismo e já está em andamento e bem articulado, tomando sorrateiramente corações e mentes. Em todo ser humano existe um ditador ganancioso - às vezes sociopata também.


Se instala a partir de parlamentos afinados com e financiados pelos megaempresários com o apoio da grande mídia e a conivência do judiciário. Como está acontecendo no Brasil em âmbito federal e aconteceu e acontece nos EUA, mais visivelmente. Na Europa a coisa ainda é discreta, mas a sua islaminização mostra que o caminho é mesmo a diminuição da democracia.


Quando em Alagoinhas as pessoas se apoiam em um estudo do SMTT para dizer que a tarifa de ônibus deveria ser R$ 4,90 ou R$ 5,40 para se cobrir os custos operacionais, justificando então o subsídio urgente e automático, isso já é o modelo capitalista chinês  operando ou, para ser mais técnico,  o capitalismo de estado. 


Ninguém sequer cogita uma consulta popular ou uma audiência pública para resolver a questão. Não passa pela cabeça de ninguém também atestar a qualidade técnica desse relatório nem a sua lisura. Nem tão pouco fazer estudos comparativos com outros municípios. Tudo tem que ser decidido às pressas e sem transparência, claro - modelo chinês na veia. Como se não fosse papel da Câmara de Vereadores fiscalizar não só atos, mas qualquer documento produzido pelo executivo.


Muitos vão culpar o baixo nível intelectual de 2/3 do legislativo e com razão. Vão dizer que isso não tem nada a ver com o capitalismo chinês (capitalismo de estado), mas esse modelo autoritário se implanta justamente com as peças que tem em mãos, pode ter certeza que parlamentares analfabetos serão cada vez mais comuns por serem mais sujeitos à manipulação.


 Tudo será feito para diminuir as margens da democracia e desestimular a participação popular a ponto dela desaparecer do imaginário formado pela cultura política.


Acho que o certo seria a realização de audiências públicas, consultas populares, estudos aprofundados, pesquisas e a organização de uma conferência municipal sobre o transporte público para se criar uma política(lei) para regular e organizar o setor.


Gestão pública não é religião para se tomar decisões baseadas em atos de fé.

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