Abstenções crescem, o capitalismo ´precisa se humanizar

 




Um  ex-terrorista, Gustavo Pettro, vence na Colômbia e faz de imediato discurso afagando presidiários como injustiçados. Vitorioso com menos de 1/3 dos votos. As abstenções derrotaram-no com 40% dos (não) votos. Agora são de esquerda Venezuela, Argentina, Peru, Chile, Bolívia, Guiana e Bolívia, ainda tem o México e Equador na América Latina.


A esquerda volta a ter a força que teve na primeira década desse século? Não depois da crise econômica de 2008 e dos escândalos de corrupção, da falências da Venezuela e da Argentina. A esquerda cresceu, mas a direita também, o centro se esvaziou e avançaram ainda mais as abstenções, os votos nulos e brancos. Hoje um presidente sai das urnas contra a vontade de 70% dos eleitores.


Por que as pessoas ainda votam na esquerda?  Temos que considerar que a esquerda hoje tem seus 25% de votos cativos em boa parte do mundo graças às pautas identitárias. Sua imagem humanista em si ficou bastante afetada pelos escândalos de corrupção e pelo elitismo dos seus líderes. Não fosse o sequestro do discurso das minorias, a esquerda já teria sucumbido. Por isso o fortalecimento da direita é mais consistente, com sua tese de que a melhor política social é o salário. 


,Mas ainda há aqueles que creditam  a crueldade do mundo ao capitalismo, em parte, eles estão certos, e que acreditam na existência de uma maior solidariedade na esquerda, ledo engano, só no campo das ideias. Então esse misto de discurso de gênero, ambiental e  de tradicional humanitarismo ainda convence os incautos, mas não por muito tempo. Contudo também existe uma horda de malandros e preguiçosos que vive em busca de um amparo do estado mesmo que seja uma vã promessa, uma porta onde possivelmente bater.


De tudo isso, fica uma mensagem para a direita absorver, de fato o capitalismo é excludente e cruel e que precisamos claramente de mais solidariedade e amor no mundo. Quando a direita entender isso, não haverá mais necessidade de esquerda e estaremos caminhando para o anarquismo cooperativista, que não se antagoniza com a propriedade privada nem com o lucro nem com a riqueza e é o regime da solidariedade por si mesma.

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