95 milhões rejeitam a corrupção e a esquerda bolivariana
O Establishment, sim ele existe, faz sempre questão de manter o voto obrigatórrio e de se recusar a ler o que dizem os votos brancos, nulos e as abstenções. Eles foram quase 36 milhões que, juntos com os votos a Bolsonaro, chegam a 95 milhões de pessos que prezam pela ética e consideram o caminho da esquerda, no mínimo, não confiável e inseguro, certamente também não querem ver em nosso país a fome e ainda viver sob as botas ou os sapatênis de um ditador. Nós temos 157 milhões de eleitores. Lula, velho e defasado, vai governar eleito por cerca de 38% dos votantes. A ética ainda está viva.
Mesmo os que votaram no Lula, com toda a sua extensa e pesada folha corrida, não podem ser considerados totalmente anti-éticos. Uma boa parte, pelos menos, duas dezenas de milhões eram pobres ignorantes, incapazes de entender a relação que existe entre a qualidade de suas vidas e a corrupção.
Ainda foram hipnotizados pela Globo e consorciadas com uma ladainha/narrativa/discurso de que Lula era inocente e que tudo valia para tirar o "monstro fascista" do poder. Muita gente esclarecida caiu nessa flexibilização da moral. Nada é absoluto, mas precisa-se ter muito cuidado ao se flexibilizar/relativizar a moral. Precisa ser hiperético como Nietzsche para criar uma moral distinta do senso comum e que ela ainda seja uma moral universal mesmo que específica ou pragmática.
A influência da Globo vai além do que ela fala, se estende ao que ela representa. Já foi um referencial de verdade/realidade para a maioria dos brasileiros. Agora ela encarna a voz dos poderosos, o discurso dominante ou que deve predominar. Ou seja, manda quem pode obedece quem tem juízo.
Os pobres e a classe médiia, agora entra o papel da classe média, têm em seu DNA o mecanismo da obediência a esta força que eles sabem, por instindo de sobrevivência ou preservação do status, não deve ser contrariada. - "Se a Globo diz, melhor obedecer senão a madeira vai cantar em nosso lombo".
Já disse bem Foucault que o poder se torna mais efetivo se for aplicado de forma desejável e persuasiva (servidão voluntária), mascarado em algo bom e prazeroso, isso é a própria ideologia de Marx - como todos precisamos ler Marx e Lacan e ressuscitar Hegel. Pois bem, a Globo lançou o discurso estético em forma de uma visão utópica do mundo com democracia racial, igualdade de gênero e defesa da natureza, o mito do bom selvagem de Rousseau.
Essa capa colorida e luminosa foi criada para os poderosos continuarem poderosos e mais poderosos - o capitalismo de estado que já me cansei de explicar aqui, basta ler os textos postados.
Então os pobres e a classe média foram enfeitiçados, encurralados a ponto de abandonarem seu norte moral. Este truque do capitalismo de estado foi curiosamente descoberto pelos intelectuais conservadores e isso se alastrou de forma a criar a polarização atual.
O Establishmente sabe que é preciso destruir o conservadorismo para implantar sua agenda, que é exatamente a 2030. As cartas estão na mesa, a imprensa internacional já divulgou as arbitrariedades de Alexandre de Moraes, outro fator que levou à vitória o projeto da esquerda corrupta. Lula é um fantoche, um velho vaidoso e bobão, que brinca de ser revolucionário, que Fidel botou no colo e no bolso, um Biden tupiniquim, hoje tenho mais pena dele do que outra coisa.
Por outro lado, temo o moralismo sexual dos conservadores, sua homofobia e misoginia, que têm amparo em textos bíblicos, isso é o mais terrível. Não devemos tomar a Bíblia ao pé da letra e nem como verdade absoluta.
A roleta está girando, estamos fazendo a história, um capítulo decisivo escrevemos, mas do que nunca precisamos de clareza intelectual. Não se esqueçam de abrir diariamente o ou um livro, já que nem Lula nem Bolsonaro farão isso. Contente com as vitórias de Tarcísio de Freitas e Eduardo Leite, talvez um gay presidente nos sirva de caminho.
Nenhum comentário: