Lula vence. O que fazer com a ética?

 



Quase que diretamente da prisão para a presidência, assumindo um país vítima de uma corrupção cujo principal protagonista foi exatamente seu partido. Lula foi condenado como chefe de toda essa organização e liberto da cadeia por um ministro indicado pela petista Dilma Rousseff . A vantagem de tudo isso é que metade do país que o rejeitou junto com a corrupção que o cercou, dizendo assim em respeito à lei, essa parcela significativa do povo, estará bem atenta.


Existe um Brasil conivente com a corrupção e outro que a reprova. Com essa divisão o país segue tendo a frente um cenário internacional difícil, no próximo ano. Não será o mesmo país do primeiro manato do Lula com o boom das comodites, serão tempos duros. Acho que tudo isso fará com que Lula não se aventure por caminhos tortuosos do bolivarianismo como fez no passado.


Vejo um mandato marcado pela cautela, com grandes desafios, aqui não é uma Venezuela e não se tornará a depender do seu povo, pelo menos metade dele. Agora é o momento dos petistas colocarem toda a sua laureada inteligência em prol do Brasil e dos brasileiros. Fazer o que não fizeram em 16 anos. Acabou o oba-oba. Mesmo os que votaram no Lula não querem que a esquerda jogue o país novamente no abismo. 


Cerca de 70% do PIB nacional votou contra o projeto da esquerda, algo que servirá de pressão para a turma do foro de são paulo seguir na linha, além de ter que prestar satisfação aos banqueiros que a apoiaram na campanha e sempre.


Aqui na Bahia, Jerônimo Rodrigues recebe um fardo pesado para carregar, herdado dos seus companheiros, terá muito a fazer para arrumar a casa. A Bahia aplauddiu os que fizeram do estado o campeão em violência e desemprego e o último lugar em educação. De certa forma, o Estado colaborou muito com a vitória do Lula.


Vamos ver se esse quadro será revertido. Todo mundo vai ficar de olho, tem que se fazer mais com menos recursos. Enfim, torcer que o machismo recue e as mortes de mulheres por consequência, que os gays e pretos, sobretudo os mais pobres, ganhem espaço social de fato, não apenas forme-se uma minoria classe média, composta por uma parcela ínfima assistida por tímidos programas. Em resumo, sair do discurso.


A grande vitoriosa dessas eleições, precisamos reconhecer, foi a Rede Globo e as consorciadas com ela. Mais uma vez a emissora manipula a massa mais pobre e ignorante na direção de seus interesses. Fez isso na ditadura militar, fez com Collor de Mello e fez agora, a proeza de apresentar um Lula praticamente limpo de qualquer mácula. Ela apostou no seu poder diabólico e conseguiu, ganhou sim, triunfou contra a decência, um dia a conta lhe chega, 


Agora o país segue na corda bamba, mas  não vai deixar que a esquerda faça de novo o que fez impunemente. O Brasil tem esse desafio de continuar rumo ao desenvolvimento apesar de tudo se mostrar averso ao avanço, o panorama é delicado e amedronta. Torcendo que dessa vez tenham juízo e respeitem a população, sobretudo os incautos que continuam confiando-lhes o voto sem plena consciência do que fazem.

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