Centenas de crianças Yanomami mortas, Bolsonaro é um genocida?
Os números são alarmantes, a situação é de calamidade extrema, intriga como só vieram à tona agora. Há um consenso da grande mídia de que durante o governo Jair Bolsonaro, o número de mortes de crianças com menos de 5 anos por causas evitáveis aumentou 29% no território Yanomami.
Em 4 anos, 570 crianças indígenas morreram acometidas por doenças que têm tratamento. Contabilizam 90 crianças mortas só nesse ano. A situação de fato é gravíssima, a desnutrição é fácil de ser constatada por leigos apenas mantendo contato com as fotos divulgadas. Estes óbitos estão relacionados a esta terrível condição a que são submetidos os yanomami, estarrecedora manchete dos principais jornais do Brasil e do Mundo, e não é pra menos, nos últimos dias.
Nas redes sociais, os bolsonaristas contrargumentam que os índígenas são provenientes do lado venezuelano da reserva que migraram, no entanto, em sua fala, a ex-ministra, responsável pela reserva, Damares Alves, não confirmou tal informação. A ex-ministra corroborou com a narrativa de que o problema é histórico, no caso, vem atravessando vários governos.
Se as reportagens falam em um aumento, é sinal de que o problema se arrasta há anos, por isso não foi usado na campanha eleitoral, iria respingar em todo mundo. Considerando que, com Bolsonaro foram 540, nos demais foram 300, 250, 200... Essas mortes ocorridas em vários governos são todas igualmente injustificáveis e irresponsáveis.
É preciso haver investigação, pois os números são estarrecedores, 570 crianças mortas por doenças que seriam evitáveis não é algo que possa ficar sem responsabilização e tem que se apurar a veracidade e precisão dos dados. A gente já se acostumou a denúncias contra o governo Bolsonaro, que em seguida se constata que os dados foram apresentados de forma propositalmente incorreta ou tirados de contexto.
Contudo, agora o quadro é tão desumano que, ao que parece, se torna de difícil justificativa, mesmo assim as partes precisam ser ouvidas. A tese do problema histórico é compartilhada por canais bolsonaristas no youtube, mostrando matérias de jornais de vários períodos, mesmo assim, se houve negligência, necessita-se de identificação dos culpados e punição.
Segundo a revista Oeste de direita (Damares rompe silêncio e se pronuncia sobre ianomâmis (revistaoeste.com) ) a ex-ministra disse que "entre 2007 e 2011, o Vale do Javari já tinha índice alarmantes” de desnutrição - escreveu no Twitter, referindo-se a um município localizado no oeste do Amazonas.
“Sempre questionei a política do isolamento imposta a algumas comunidades. Está na hora de uma discussão séria sobre isso. Ao invés de perdermos tempo nesta guerra de narrativas e revanchismo, proponho um pacto por todas as crianças do Brasil, de todas as etnias", salientou.
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