Somos todos ou todes bissexuais? O que isso tem a ver com a linguagem neutra?

 




Adotar a linguagem neutra é uma imbecilidade e rejeitá-la é uma imbecilidade ainda maior. Venho explicando que a questão identitária faz muita gente ganhar dinheiro à direita e à esquerda, política enfim. As feministas vendem livros, as ONGs também lucram e do outro lado as igrejas. Políticos se elegem de um lado e do outro. 


O povo sempre perde, especialmente os pobres. Os gays, mulheres e pretos pobres também perdem, já falei sobre isso aqui, bastante. A discussão identitária tende a tirar o foco da questão da distribuição de renda na sociedade e de pautas relevantes como educação, saúde, cultura, esporte, lazer, infraestrutura e empregabilidade, ou seja, todo o resto. 


Queridos gays, vamos devagar, dando relevância a projetos verdadeiramente transformadores e inclusivos de fato.


Se grandes correntes da psicologia e da psicanálise já se posicionaram afirmando a condição bissexual do ser humano e que a homofobia e os crimes homofóbicos são motivados por esse fator, a linguagem neutra não vai alterar essa realidade, não vai, portanto, na raiz desse problema. 


Machistas e homofóbicos precisam de tratamento psicológico. Isso é assunto tabu, eu o abordo, porque se alguém não o fizer, ficaremos andando em círculo. Deixando claro, que, de acordo com essa tese, vários fatores influenciam a orientação sexual e esta depende muito da opção de cada um. 


Como também está relacionada a aspectos biológicos, uns nascem com uma predisposição maior ou menor para um dos dois polos - heterossexualidade/homossexualidade. Lembrando que é só uma tese bastante plausivel e que a questão está centificamente em aberto.


Com esse radicalismo, quem usar a linguagem neutra vai ser considerado não-homofóbico e quem não usar vai ser identificado como homofóbico. Isso pode chegar a loucura de que, se o contratante for progressista, ele pode reprovar um candidato que não use a linguagem neutra e um empregador conservador pode rejeitar aquele que usá-la. Assim pode acontecer em bancas acadêmicas e influenciar toda a questão das networks. 


Uma carreira profissional pode estar sujeita à adoção ou não de tal linguagem, se sobrepondo ao critério da competência. Os ambientes comerciais terão que colocar uma placa: AQUI SE USA OU NÃO SE USA A LINGUAGEM NEUTRA. Pode surgir uma carteirinha:USUÁRIO DA LINGUAGEM NEUTRA  e se exigir que ela seja usada em currículos. Acho melhor usar, porque, até o momento, os conservvadores são mais tolerantes às diferenças - só precisam parar de seguir a Bíblia ao pé da letra. ESPERO QUE ESSA MATÉRIA TENHA SIDO DO AGRADO DE TODES.



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