Arregada vergonhosa da Brasil Paralelo
Não sou bolosnarista nem lulista, nem pseudoesquerda nem direita, sou anarquista cooperativista. Mas tenho que ir em favor da verdade para falar da atitude covarde de uma empresa que ganhou dinheiro com o bolsonarismo e que agora pula do barco como ratos.
O documentário mais novo da Brasil Paralelo "A direita no Brasil" é um documento de que a empresa de informação está se moldando para sobreviver nos tempos de esquerda, pelo visto vai ficar zanzando entre a direita limpinha e a centro esquerda. Assiti-o porque foi disponibilizado gratuitamente.
O filme que se propõe a dicutir os rumos da direita termina sendo um instrumento de cancelamento da figura de Jair Bolsonaro e para mostrar uma direita perdida, enfraquecida e dispersa. Se você pegar o filme no meio, inadvertidamente, vai achar que foi produzido pela Globo.
Concordo que Bolsonaro já se provou incompetente, mas todos devem ser tratados com a mínima dignidade. Dizendo que tudo foi uma tragédia em seu governo, se joga fora o legado de Paulo Guedes e de Tarcísio de Freitas e a ideia excelente do estado mínimo e sem corrupção, a tentativa heróica de se governar sem o toma lá - dá cá.
Começa com a seleção dos comentaristas, claramente havia mais gente batendo em Bolsonaro do que o defendendo. A favor de Bolsonaro só tinha Bia Kisses e Nicolas Ferreira. Os ataques foram incisivos e coordenados e nenhum elogio foi feito. Enquanto que os dois citados não fizeram defesa alguma, porque certamente foram entrevistados sem saber o teor da crítica realizada ostensivamente e com vilania de dar inveja à Globo, por gente escolhida a dedo.
Colocou representando o jornalismo Joel Pinheiro, um notório antibolsonarista desleal e do outro lado Leandro Ruschel, um cara moderadíssimo, por que não Rodrigo Constantino, Paulo Figueiredo, Ana Paula Henkel, Ricardo Fiúza, Augusto Nunes para dar o mesmo peso ao debate rasteiro?
A estratégia foi a mesma, Joel Pinheiro batia abaixo da linha de cintura e Rushel falava sem saber das críticas do lado oposto.
Ora, você é uma empresa de direita, ganha dinheiro com o público de direita e quer discutir o futuro da direita, faz um vídeo com direitistas, isso é óbvio. Veja se a esquerda, que eu chamo de pseudo-esquerda, vai chamar alguém da direita para debater seu futuro. Nisso temos que tirar o chapéu para a pseudoesquerda. Ou a Brasil Paralelo acha que os comunistas vão perdoá-los e colocá-los no colinho quente?
A Brasil Paralelo teria que ter culhões e colocar os políticos de direita, os especialistas de direita e a imprensa de direita para discutir o futuro do segmento ideológico, essas são suas vozes legítimas. Tiveram a "coragem" de omitir a figura de Olavo de Carvalho. A BP foi tão covarde que escondeu os políticos de direita completamente. E por outro lado não criticou nem o STF, nem a Globo e o consórcio da grande mídia.
Apresenta Lula, falando bem mais que o Bolsonaro, e sempre simpático e sorridente. Essa facada nas costas concorre com a de Sérgio Moro, que está em vantagem por ter se redimido nas eleições. Termina-se a peça publicitária antibolsonarista, mostrando um clima fúnebre, uma direita desnorteada, dispersa e sem rumo, como se tudo tivesse de começar do zero, quando o "movimento" conta com o governo do mais rico estado da América Latina, com o BIP superior a de vários países e com o de Minas Gerais, sem considerar a adesão de toda a região cento-oeste e norte, que rejeitou completamente o projeto da direita. Ainda se tem os evangélicos, segmento que mais cresce no país e que sonha em fazer um presidente seu.
A pseudoesquerda só parece forte porque tem a China, a Globo, o STF, a CNBB e a classe média universitária. Essa briga será dura porque a Europa e os EUA já estão com um pé atrás com China, principalmente depois do seu apoio à Russia na invasão da Ucrânia. A Globo só apoia a pseudoesquerda, porque está de olho no dinheiro da China. O STF já foi criticado internacionalmente, tanto que esconderam as unhas depois disso e a classe média sempre segue o cheiro do dinheiro, seja de quem for.
Essa peleja está só começando e eu torço, claro, pela treta, não é bom que um dos dois lados tenha poder demais, senão é ditadura, mesmo com fachada de democracia. E temos um Lula totalmente perdido, depois que 90 milhões de brasileiros o rejeitaram nas urnas e depois de uma vitória que contou com vários malabarismos.
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