Mais um feminicídio em Alagoinhas, o feminismo não pode ser partidário

 

Diante de mais um feminicídio cometido em nossa cidade, devo acentuar que o feminismo de esquerda não tem sido eficaz na superação desse grave problema. A crítica que fazem ao patriarcado termina demonizando a figura do pai e por tabela da masculinidade, sempre vista como tóxica, a não ser que seja expressada por uma lésbica. 

A Globo e a Netflix são os baluartes desse tipo de discurso. A programação da Netflix chega a ser massacrante nesse sentido. Precisamos que toda a sociedade se una para combater essa terrível doença social, como se fazia nos anos 80, antes desta pegada lacrativa. Vinculam o patriarcado ao capitalismo e a emancipação da mulher ao socialismo. 

Não tem lógica, não tem sustentação teórica e é posto como dogma, não pode ser discutido. Aliás o feminismo de esquerda não pode ser discutido e por isso mesmo nenhum intelectual homem quer fazê-lo, simplismente para não ser cancelado.

O feminismo de esquerda não viabiliza o diálogo entre homens e mulheres, dizem que não precisam dos homens para resolver seus problemas. E ainda e contraditoriamente defendem uma facção machista de esquerda (muito representativa)  e faz vista grossa para esse machismo. 

Uma parte significativa da esquerda que faz "teste do sofá" para o preenchimento de cargos e para aprovação de alunas em instituições de ensino superior - todo mundo sabe disso. Existem feministas que não só não repurdiam a prática como a consideram um mecanismo de empoderamento. O foco do feminismo de esquerda é o aborto.

Um feminismo que não luta de maneira determinada pela ampliação da rede de DEAMS, como se viu ( ou não se viu) nos governos petistas durante 14 anos na esfera federal e 16 anos, na estadual. Não luta pelo aumento da pena de feminicídio e não coloca em seus estudos o componente da psicopatia que agrava o machismo e potencializa o feminicídio. Não luta nem por DEAMS nem por centros de orientação para mulheres em vulnerabilidade.

A esquerda inventou a política dos discursos, descolada da realidade e assim vamos vivendo, por outro lado, a direita faz pior, considera essa uma pauta de esquerda, que fortalece a esquerda e não faz nada a respeito, outra bela porcaria. E os conservadores ainda defendem a tese de que mulher não pode exercer o sacerdócio no cristianismo e tratam a mulher como a cauda, enquanto que o homem é a cabeça, isso é misoginia clara, é preciso ser muito cretino para interpretar isso de outra forma.

Vejam a nota emitida pela PMA, que deveria ser de pesar e repúdio:

NOTA DE PESAR DA PREFEITURA MUNICIPAL DE ALAGOINHAS

No último domingo, 05 de março, Alagoinhas presenciou mais um caso de feminicídio, dessa vez, vitimando uma adolescente. Situações como essa apontam a necessidade continuada de campanhas socioeducativas de sensibilização e combate à violencia de gênero, conforme faz a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Assistência Social (SEMAS), durante todo o ano, dentre outras medidas.

Deixamos  nossa solidariedade à família e amigos, além de um alerta para toda a sociedade: violência contra a mulher não se justifica, combate-se!

É importante, ainda, conhecer a rede de proteção local, acionando-a sempre que preciso, a fim de garantir que o socorro alcance as mulheres que necessitam dele.

Se a violência contra a mulher está acontecendo agora, chame imediatamente a Polícia Militar pelo 190 ou a Patrulha Maria da Penha, nos números 75-99707-1849 ou 99707-5554.

Se existe  suspeita de que uma mulher sofra violência, ligue para o 180. Já se a situação envolve crianças e adolescentes, disque 100.

Não esqueça que o nosso município oferta atendimento multidisciplinar gratuito no Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), com assistência jurídica, psicológica e social provenientes da violência de gênero. O CRAM fica situado na Rua Milton José O. Silva, Centro, dentro do Centro Integrado de Assistência Social (CIAS).

Outro órgão importante é o CREAS, que atua na assistência de meninas e adolescentes  vítimas e/ou  inseridas nesse contexto de violência.

O direito à vida de meninas e mulheres é uma responsabilidade de todos: família, sociedade e Poder Público.

Faça a sua parte: não reproduza violências contra meninas e mulheres e denuncie os casos de que tenha conhecimento!