Gustavo Carmo, tarifa zero de ônibus e ênfase na empregabilidade





A tarifa zero gradativa para o transporte coletivo de Alagoinhas e a geração de emprego e renda podem ser destacadas como as propostas mais relevantes de Gustavo Carmo apresentadas no programa Primeira Mão, conduzido por Caio Pimenta, nesta quarta-feira, 10, seguindo com a rodada de entrevistas com os pré-candidatos a prefeito do município. Gustavo também tratou de educação, enfatizando a educação de jovens e adultos com parceria com o Sesi/Senai, que está para construir uma nova unidade de ensino na cidade. Tratou também das questões sociais, preocupado com a segurança alimentar, como também das demandas da cultura, área que já atuou empresarialmente.


Gustavo Carmo discorreu sobre seu currículo que passa pela presidência da Câmara de Vereadores, durante seu período na casa legislativa de 2008 a 2012 e pela sua atuação como gestor nas secretarias de relações intitucionais, de comunicação e de educação. Carmo mostrou-se preparado para assumir o executivo municipal. De fato, este é o seu ponto forte, mas nos 50 minutos de entrevista, trouxe para o debate mais as suas concepções gerais, sem fundamentar com dados e com um diagnóstico das necessidades da população e não adiantou nada do que vem prescrutando com o "Falaê Alagoinhas", programa de escuta pré-eleitoral para a elaboração do seu plano de governo. Ficou limitado pelo tempo, certamente.


Apresentou idéias interessantes como a  introdução gradativa da tarifa zero, com a criação do fundo municipal de transporte público, que pode se efetivar por beneficiar categorias específicas ou por dias determinados da semana. Lembrou que a Prefeitura já repassa R$ 6 milhões/ano ao setor. O que se fará é o aumento por etapas deste valor. Na saúde, pensa em universalizar o atendimento na atenção básica, levando para 100% a cobertura do PSF, defendeu também como impresicindível a introdução do prontuário eletrônico e admitiu que existem erros cometidos por funcionários do setor que devem ser coibidos aumentando-se a fiscalização. Outra ideia diferencial apresentada foi o rodízio 10% das UBS para funcionarem até às 20h e nos finais de semana.


Quando perguntado sobre o alto índice de dependentes dos auxílios sociais,  que envolvem mais de 50% da população, ele entende que se precisa incluir mais pessoas em vulnerabilidade que estão à margem do benefício, ou seja, ainda existem muitos que passam fome. Planeja a construção de mais um restaurante popular e que estas unidades sejam abastecidas pelos produtos da agricultura familiar local. Concorda, entretanto, que devam-se abrir portas de saída para o programa, medida que passa pela educação profissional. 


Nesse sentido, pretende que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente seja Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda,  que se tenham representações em Brasília e em São Paulo para atração de investimentos empresariais. Falou muito das condições estratégicas de Alagoinhas, cortada por rodovias estaduais e federais e pela ferrovia, tem uma manancial de água e de argila bastante destacados, por isto sua ideia de um preposto em centros de influência do capital privado, que sempre foi cogitada, nunca executada, tem peso. Fora isto, conta com o alinhamento político com o governador Jerônimo Rodrigues, com presidente Lula e com o ministro Rui Costa e com o senador Jaques Wagner. Visa também atrair as empresas terceirizadas da área de petróleo e revitalizar a citricultura.


Sobre a necessidade de se criar um ambiente promissor de inovação tecnológica, Gustavo Carmo considera fundamental fazer parcerias com a univerdade e as faculdades locais, juntamente com o Sebrae, com a adoção de um programa aluno/bolsista que venha repassar os conhecimentos adquiridos por meio de estágio na própria Prefeitura. 


Nesse campo e na questão da empregabilidade e da renda, está predisposto a visitar cidades com experiências existosas como Recife para tê-las como referência para adaptar o que deu certo lá à realidade local. Gustavo disse estar em contato com empresas de Call Center para a implantação no município com potencial para gerar cerca de 3 mil empregos. As demadas de mobilidade urbana, ele bateu na velha tecla do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), se for feito com seriedade, realmente é o primeiro passo a ser dado.


Achei que veria mais ousadia e impetuosidade, mas isto é um bom sinal. Mostra uma pessoa preparada com os pés no chão. No entanto, vejo que tudo está amarrado nas grandes linhas de macrogestão traçadas lá atrás por Fernando Henrique. Claro que estas ideias simples, se bem implantadas, colocam de fato o município no rumo do desenvolvimento. Ou seja, Gustavo não quer inventar a roda, positivo, já disse, enfatiza a eficiência, o genial é exatamente o simples. 


O que preocupa é o fato de enfrentar um Estado moroso, que trabalha colocando uma escola aqui outra alí, hospiítal idem, estrada, trator, ambulância, tudo é muito pouco e espaçado. Faltou destrinchar a máquina pública muncipal e suas mazelas. Muito do que Gustavo Carmo planeja já foi meta de outros governos, já se escutou a população até demais e nada andou na velocidade necessária. Vamos ver aogra se vai, acredito que estaremos pelo menos em boas mãos.


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