Val do Barreiro prega antipetismo e Leandro Sanson usa direito de resposta
Val do Barreiro, em entrevista a Heiner Freitas do programa Intera, quinta-feira, 10, fez uma ampla análise da política em Alagoinhas no momento. Ele defendeu a tese de que devem ser retiradas do cenário político as três grandes forças da cidade. Afirmou que era necessário não votar nos candidatos de Paulo Azi, Joseildo Ramos e no próprio Paulo Cezar, pois se mostraram incapazes de garantir a dignidade do povo alagoinhense. De cabelo cortado, falando mais pausadamente, o velho ex-militante político de esquerda e recentemente assessor da pré-candidatura de Juscélio Carmo a prefeito (2020), mostrou que, de fato, conhece os meandros da política local. Em síntese, pontuou os maiores defeitos dos três líderes de maior peso no município.
Falou que o seu partido, o PL, está marchando para um consenso interno e que ele está colocando o seu nome como candidato a prefeito, mas acatará se o partido lhe designar para disputar a eleição para vereador. Val prega o antipetismo como premissa para a direita, pois este segmento teve 56 mil votos na eleição para presidente e não se rotular como Bolsonarista, tendência seguida por 27 mil alagoinhenses no mesmo pleito.
De Paulo Azi disse que é um deputado federal voltado para o seu partido, o União Brasil, e não aos interesses da população. Estendeu a crítica a Joseíldo, indicando como equívoco de sua administração o fato de ter feito consultorias caras e questionáveis e a legião de estrangeiros que aportou na cidade. Segundo Val, o PT tem discurso voltado para o social, mas que, no final das contas, só beneficia a cúpula partidária, fazendo redutos eleitorais com votos de cabresto. Quanto a Paulo Cezar, afirmou que este não beneficiou a saúde como se esperava, passando a pasta por sete secretários em oito anos de gestão. E lembrou do rombo nas contas do SAAE, que totalizou R$ 14mi e das irregularidades no transporte escolar com a soma de R$ 29mi. De Joaquim Neto, simplesmente criticou os empréstimos tomados para a colocação de asfalto porque estes não geram renda. Salientou que Paulo Azi apoiou ambos.
Ao dar ênfase à tese de que o voto da direita na cidade deve ser antipetista, concluiu que Paulo Cézar não representa esta tendência. Avaliou que a direita esta dividida entre o PL e o Partido Novo. Afirmou que o candidato do Novo, Leandro Sanson, é um amador que não conhece a cidade: "pergunte o nome de três lideranças do Barreiro, para ver se ele sabe, tudo que ele fala é de acordo com o que os outros contam para ele", desafiou. Disse ainda que Sanson tem 12 anos que mora na cidade e nunca se envolveu com assuntos políticos. Acrescentou ainda ser suspeito o fato de ser professor da faculdade do Santíssimo Sacramento, dirigida por Fabrício Faro, presidente local do União Brasil. Para Val, ele está sob as ordens de Paulo Azi para dividir a direita.
Leandro Sanson, em um direito de resposta, retrucou que a intervenção de Val se destinava a destruir sua imagem e a do projeto político que representa, justamente por significar uma verdadeira mudança para a cidade. Tachou Val de xenófobo, afirmando que este tipo de debate não acrescenta nada aos destinos do município. Sanson disse que conhece a realidade local tanto que vem apresentando as melhores ideias, prova disto é que estão sendo plagiadas. Sanson esqueceu de dizer em sua defesa que tem título de cidadão alagoinhense desde 2012. Mas, de fato, Val tem razão ao argumentar que precisa existir um envolvimento maior com as lutas travadas no campo político para alguém se achar em condições de pleitear o cargo máximo do município, embora ele realmente tenha apresentado as melhores ideias até aqui.
Val mencinou irregularidades na rádio comunitária do Barreiro e deu detalhes dos acordos políticos da Câmara de Vereadores. Vale a pena ver a entrevista no canal Intera. Entre todas as verdades que disse, colocou a maior delas - todos que estão na política estão por interesse, é muita gente vivendo às custas da Prefeitura, é o empresário que, além de ser fornecedor, almeja um cargo para um filho, um parente, o músico que quer tocar nas festas populares, o presidente de associação que quer algo para seu bairro de onde ele possa tirar proveito, todo mundo quer tirar uma lasquinha. Por isto o estado é pesado e ineficiente.
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