Vilipendiar a fé não é o caminho para o fim da homofobia religiosa

 



A encenação debochada da santa ceia, realizada por gays e queers, ou a ceia LGBTQIAPN+, na abertura das Olimpiadas e em outros eventos no mesmo tom, não é o caminho para se conseguir a inclusão destas orientações sexuais e o fim dos preconceitos e de agressões preconceituosas. O deboche é uma forma de humor perigosa, pois costuma resultar no mau gosto e em agressões gratuiítas. Pior é que os LGBTQIAPN+ servem  como inocentes útieis nesta polarização ao reforçar e atiçar esta polarização.


Há muitos trilhões de dólares envolvidos nesta briga sexual. Na realidade esta é  a face comportamental de uma luta entre o CAPITALISMO TRADICIONAL X O CAPITALISMO DE ESTADO (pseudo socialismo). Tem particular interesse em manter os nervos a flor da pele, a esquerda corrupta internacional com o auxílio dos meios de comunicação de massa. TRATA-SE DE UM NEGÓCIO,  que usa a treta em seu favor.


Os conservadores também erram quanto a esta questão, seguem a bíblia ao pé da letra e nisto se sustentam para considerar a homossexualidade pecado grave - abominação - ou seja, os gays não entrarão ou herdarão o reino dos céus. Esta premissa serve como base para todo o tipo de homofobia, as justifica, digamos assim.


O bicho pega para as mulheres também, proibidas de exercerem o sacerdócio - realizar, missas, casamentos, unções etc, diga-se fazer as funções de um padre/pastor. Interessante é que Jesus Cristo, figura central do evangelho e da religião em si, nada falou sobre estes temas. A confusão foi criada por São Paulo, reacendendo o que foi escrito no Levítico, um livro cheio de controvérsias e marcado pela moral antiga.


A bronca maior das mulheres e dos gays é contra Igreja Católica por ter mais adeptos e por ter uma estrutura centralizada de poder - decisão. Ela se baseia no evangelho, na tradição (o que disseram os apóstolos e os pais da igreja) e no magistério, regras e pedagogia para se organizar a instituição e a transmissão da palavra. Não sou especialista no assunto, mas o Papa poderia por meio de um documento teológico dar uma interpretação sobre o tema de maneira a atualizá-lo. 


Poderia não contrariar São Paulo, mas dizer que quando o apóstolo tratou da homossexualidade, se deixou contaminar pela cultura da época. Ainda é pecado o sexo fora do casamento. A sexualidade evangélica é bastante repressora, tanto que neste ponto específico ninguém mais se importa com este dogma, ninguém acredita mais que irá para o inferno por isto. Então porque a Igreja mantém estes impedimentos? A fé alheia deve ser respeitada, mas o pleito dos homossexuais e das mulheres precisa também ser respeitado.

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