Gustavo Carmo se mostra mais preparado em debate da Subaé





Em debate da Subaé, realizado ontem, 05, Gustavo Carmo nadou de braçada por não estar nervoso e por apresentar propostas concretas para os problemas levantados. Muito inseguros, o Pastor Lins do PL e Catarino Pinto do PSOL fizeram bons diagnósticos, mas não conseguiram ser específicos nas soluções correspondentes, disseram de modo genérico que vão melhorar o que não funciona bem, sem mencionar o como.


Não se pode dizer que Gustavo também saiu desta vala comum de aperfeiçoar o que não anda a contento, mas pelo menos se manteve calmo e firme, o que deu relevo a sua superioridade de oratória e de articulação de ideias. Sendo justo, foi mais que isso, de fato, ele traz algumas inovações no seu plano de governo, muito voltadas para a estrutura administrativa. Pretende criar novas secretarias,  de Manutenção,  da Ordem e Segurança Pública e a de Desenvolvimento Econômico Emprego e Renda. Gustavo ainda não mencionou, nem em entrevista no dia anterior e nem no debate, os resultados  com o Falaê, estranho, muito estranho.


 É de estranhar também a presença quase mínima de lideranças do PT e da esquerda em seu palanque. Será que o racha já ocorreu antes do fim do pleito? não surpreenderia ninguém. Bom ver que Gustavo incorporou as ideias do tio, Juscélio Carmo, a seu plano de gestão. Falou do anel viário e abertura de novas avenidas sem dar detalhes. Insistiu, mas com pouca veemência, na ideia de tarifa zero no transporte público, porém não disse e não diz de onde vai tirar dinheiro para tanto. A ideia de tarifa zero servirá, somente e no máximo, para reduzir a passagem de segmentos específicos e para sossegar os empresários do setor.


Nenhuma ideia realmente nova, Carmo, acredito, resolveu colocar os pés no chão, mas parece que exagerou na dose, não existe nada de revolucionário em suas propostas. Demonstra que será um governo Joaquim melhorado, o que já seria de bom tamanho, claro, mas podemos mais, bem mais. 


Lins e Catarino não questionaram nada a respeito dos padrinhos políticos de Gustavo, não quiseram tirar votos do oponente? Bateram pesado em Paulo Cezar. Muitos acreditam que são linhas auxiliares do PT e de Joaquim Neto. Catarino falou das escolas em tempo integral e da melhoria da capacitação dos empregados do setor cervejeiro para que venham ocupar posições de chefia, uma ideia que beneficia poucos e exclui muitos, não tem universalidade. Lins trouxe a questão das drogas, nisto foi assertivo, pois talvez seja a melhor forma do município intervir no combate à criminalidade, uma competência do Governo do Estado. 


As ausências de Ednaldo Sacramento (PSTU) e de Leandro Sanson, os únicos em condições de debater com Carmo, comprometeram a qualidade do debate, foi na prática uma falta de respeito com a cidade de Alagoinhas. Acho que os candidatos deveriam boicotar o evento em nome da democracia. Colocar também jornalistas de Feira de Santana para fazer as perguntas representou da mesma forma uma desconsideração ao jornalismo alagoinhense.


 Fizeram perguntas vagas sem nenhuma propriedade do que estavam falando, sem contar a afetação do apresentador. Paulo Cezar não foi, se fosse não destoaria da performance de Catarino e Lins. Gustavo Carmo é superior intelectualmente aos três, só empata com Sanson e Ednaldo. Estou pensando em recolher assinaturas para que cidades com mais de 150 mil habitantes tenham segundo turno. Precisamos debater mais.

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