Reta final - pouco se discutiu, tudo nas mãos dos cabos eleitorais

 


Em tempo: Um dia depois de lançada esta matéria, houve o debate do Intera, o qual pensei ter sido suspenso por não encontrar divulgação a respeito, eu errei. Mas conservo está matéria por tratar de outros assuntos.

Não houve debate entre os candidatos a prefeito até aqui e não se ouve falar de algum até o fim das eleições. Como um dos grupos tem a simpatia da maioria dos meios de comunicação, isto  pode indicar que este não quer mais diálogo nem expor ideias, pelo que se vê ainda  em suas mídias sociais - este tempo já passou. No tocante a Paulo Cezar, este não deseja, desde sempre, o confronto de projetos, ele não é bom nisto, suas qualidades são outras. 


A culpa não é só dos candidatos, a população anda farta dos políticos e descrente de verdadeiras mudanças frente ao muro de concreto que é este sistema corrupto. Hoje existem várias ferramentas na internet para discussão de propostas como as lives, que ninguém teve a coragem ou a boa vontade de explorar. Agora não é negócio, para nenhum dos dois candidatos que lideram as pesquisas, aprofundar qualquer discussão. Acredito que só seria, nesta altura, interessante para Gustavo um confronto direto com PC, simplesmente para expor sua fragilidade e olhe lá. Um debate sem PC, creio que não é oportuno para ele.


Todos estão com medo da popularidade de PC, dizem que derreteu, mas ainda tem gordura, não se sabe se é suficiente para chegar ao dia 06 de outubro. O fato é que PC, em termos de mídia, joga parado, nem sequer ataca os flancos do palanque adversário, a animosidade também não lhe fará bem. O corpo a corpo tem sido, ao que aparenta, a arma do ex-prefeito, nisto ele é bom sem dúvida. Gustavo Carmo parece que já se deu conta da estratégia.


Aí que moram as preocupações dos gustavistas. Por seu lado, investem em carreatas e caminhadas, com seu grupo de vereadores buscando reeleição e os cabos eleitorais de sempre. Não acredito que o PT tenha abraçado esta campanha nas ruas. Não vejo os candidatos a vereador com santinhos eletrônicos casados com Gustavo Carmo.


Esta é uma eleição para ser definida pelos cabos eleitorias. As pessoas falam em compra de votos, achando que é compra do eleitor. Ela existe? existe, é determinante? muito menos do que se imagina. O voto é comprado mesmo com a compra dos cabos eleitorias. 


Entram também nesta conta líderes comunitários, profissionais que lidam com o público, presidentes de times de futebol, donos de vendas e botecos e até chefes de famílias numerosas. Todos eles recebem dinheiro para influenciar e recomendar o voto aos incautos. Essa massa que não passa de 2 mil pessoas é que vai decidir as eleições. É inócuo, agora na reta final, se discutir prospostas, planos de governo e coisa e tal, este momento já passou e não foi produtivo nem significativo.


Um debate bom de se ver seria entre Gustavo Carmo, Leandro Sanson e Ednaldo Sacramento, os que têm melhor nível intelectual. Infelizmente esta peleja não ocorreu. Que temos de grandes propostas colocadas nestas eleições: a informatização da saúde, que já chega com atraso, o anel viário, ação apresentada por Juscélio Carmo, incorporada por Gustavo Carmo e a reestatização dos serviços defendida por Ednaldo Sacramento. A ampliação dos horários de atendimento dos postos de saúde(UBS) e sua universalização.  A adequação da educação às novas tecnologias também foi bastante cogitada e a ênfase na educação profissional. Veio à tona uma velha demanda, a coleta seletiva de lixo , como também a arborização da cidade e a criação de parques ecológicos.


No entanto, as melhores ideias ficaram por conta das entrevistas de Juscélio Carmo, Jacilena Almeida e Renato Almeida, registradas aqui no Importante Ver. Juscélio nos ensinou a planejar urbanisticamente a cidade, Renato, a fazer as contas e se preocupar com a saúde financeira da prefeitura e com a viabilidade econômica no atendimento das demandas e Jacilena nos mostrou como o debate público está empobrecido na cidade.

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