PT fracassa, direita briga e PSD cresce
O Partido dos Trabalhadores está longe de recuperar o número de prefeituras que tinha em 2012, 630 no total. Com o Petrolão, caiu em 2016 para 256 eleitos. O crescimento deste ano ainda não conseguiu sequer igualar o desempenho de oito anos atrás quando já estava em crise. Com estes números, fica difícil compreender a eleição de Lula há dois anos. Não fez sequer um prefeito em seis estados e cresceu basicamente em municípios menores, é relativamente forte apenas na Bahia, Ceará e Piauí. O PL, com Bolsonaro inelegível e com toda a perseguição aos conservadores, conseguiu aumentar cerca de 50% de tamanho.
No entanto, brigas internas envolvendo Silas Malafaia, Pablo Marçal e Ricardo Nunes podem dar de presente a prefeitura de São Paulo para Guilherme Boulos. Malafaia criticou duramente Jair Bolsonaro, o chamando de covarde e se referindo a ele como "droga de líder". O pastor já ajudou a eleger Eduardo Paes no Rio de Janeiro, agora contirbui para o candidato do Lula em São Paulo, mostrou quem é. Bolsonaro vai se tornar o politico mais traído da história. Paulinho da Força rejeitou o apoio de Bolsonaro no segundo turno e a equipe de Nunes se dá ao luxo de fazer o mesmo com Marçal e este dá um tiro no pé com a falsificação do laudo na reta final do primeiro turno, provou que não é confiável, tudo está favorável ao Boulos.
O PSD cresceu com a revoada dos tucanos para o seu ninho, tinha 1002 prefeitos antes das eleições. Obteve número superior a 2020, mas encolheu em termos relativos. De qualquer maneira junto com o resto do Centrão se prepara para dar as cartas nas eleições no Congresso Nacional e para assumir posição de destaque em 2026. O PSDB utiliza a mesma estratégia do DEM que se aliou ao PSL, tenta resurgir no interior da nova sigla, que ditará também os rumos do capitalismo de estado chinês no Brasil. Hoje é o partido que segura a cabeça de Alexandre Moraes no pescoço.
O PL de Bolsonaro conseguiu o dobro de prefeituras do que o PT nestas eleições e também prevalece entre os municípios que terão segundo turno. Enquanto o partido do presidente Lula (PT) ganhou pouco mais de 70 prefeituras com relação a 2020 — passando de 179 para 253 este ano. O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, teve crescimento mais expressivo — de 351 para 523 administrações este ano.
O PT cresceu pouco, é ruim. mas o estrago foi maior do que se pensa, em seis estados não haverá prefeitos da legenda a partir de 2025. São eles: Espírto Santo, Acre, Amapá, Roraima, Mato Grosso e Rondônia. Terá menos de 2% em sete deles: Goiás, Pará, Maranhão, Alagoas, Paraíba, São Paulo, Paraná. Menos de 3,5% no Amazonas, Tocantins, Santa Catarina, Rio de Janeiro.
Mantém seu reduto na Bahia com 50 prefeitos para um total de 417 municípios. No Ceará, vencendo em 46 cidades das 184 existentes. No Piauí, onde fez 50 prefeitos de 224. Em Minas Gerais com 34 eleitos em um universo de 853 prefeituras e no Rio Grande do Sul, vencedor em 21cidades de um conjunto de 497.
Em capitais, o PL elegeu dois prefeitos já no primeiro turno, Tião Bocalom, reeleito em Rio Branco (AC), e JHC, reeleito em Maceió (AL). O PT não conseguiu conquistar nenhuma prefeitura nas eleições deste domingo (6).
O PL disputa o segundo turno em Manaus, Fortaleza, Belo Horizonte, Belém, João Pessoa, Aracaju, Goiânia, Cuiabá e Palmas. Já o PT também concorre em Fortaleza e Cuiabá e em Natal e Porto Alegre. Em cidades onde haverá segundo turno, a legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT, dsiputará em 13 cidades. O PL estará competindo em 23 delas.
Os partidos que mais prefeitos elegeram foram o PSD (888), O MDB (848), o PP (751) o União Brasil (587) e o PL (520). Na Bahia o PSD consquistou 115 das 417 prefeituras, seguido do Avante com 60 prefeitos e o PT ficou com 50 eleitos. A base do governo soma 309 cidades contra 107 da oposição. Apesar de um número menor de prefeituras, 13 das 20 maiores cidades do estado serão administradas por prefeitos oposicionistas, a exemplo de José Ronaldo em Feira de Santana.
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