Comenda 2 de Julho, quem a merece?
Pois aqui vai minha opinião, se Joaquim Neto merece a 2 de Julho, a maioria dos prefeitos baianos merece também. Joseíldo Ramos e Paulo Cezar merecem igualmente. Joaquim não fez nada de diferente dos demais e cometeu erros gritantes como empréstimos, aumento de tarifas, dívidas deixadas no SAAE, tudo muito semelhante aos demais. A Bahia vive em um grande atraso pela qualidade dos seus políticos, isto não é nada para ser comemorado ou suscitar honrarias. Joaquim não é melhor nem pior que os demais. Foi um ato de mera vaidade a indicação e o recebimento da deferência, faltou a velha modéstia. Diria o mesmo de qualquer outro prefeito do interior baiano.
Joaquim tem seus méritos, ninguém pode tirar isto dele. Fez algo de relevante como as reformas de escolas e postos de saúde. Pelo menos concluiu a parte contratada há 20 anos do esgotamento sanitário ou melhor, deixou praticamente concluída. Trouxe o hospital Materno-Infantil com sua articulação política. Mas se querem saber se um político foi bom ou mau, vejam o que realizou com recursos próprios. Avaliar um gestor público pelo que ele fez com verbas federais e estaduais não é critério de medição, pois não houve gestão em pegar o recurso com uma mão e repassá-lo a uma empreiteira com a outra.
Seria digno de uma condecoração desta aquele que tivesse avançado com a escola em tempo integral, que tivesse a nota do Ideb acima de 7 pontos, que zerasse as filas de consultas e exames, que preparasse seus jovens para o mercado de trabalho, que promovesse a cultura, o esporte e o lazer. Que acabasse com as terceirizações, aumentasse o salário do servidor, dotasse as famílias do amparo de uma creche. Enfim, que atendesse às demandas básicas da população. Esse seria um prefeito para merecer a maior honraria do estado.
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