Planejamento em Saúde on line: uma excelente ideia que pode não dar certo
Saiu o banner do Plano Municipal de Saúde Participativo. É uma excelente ideia. Resolve a baixa participação do Orçamento Participativo. Defendi estes mecanismos pela internet justamente neste sentido. Contudo trata-se da implantação de uma nova cultura, nesses casos, é difícil haver adesão, nos termos de hoje, engajamento. Portanto um eficiente trabalho de divulgação/comunicação se faz necessário. Se a divulgação se restringir a colocar um banner/card nas redes sociais, talvez não seja o suficiente.
Se isto acontecer pode-se gerar um raciocínio equivocado de que tanto o OP quanto os mecanismos on line são igualmente ineficientes ou eficientes e que o problema reside no cidadão acomodado, que só mudará de postura com o tempo, dessa forma validando o OP por tabela. Isto seria uma falácia, mas como a esquerda vive de falácias, bom desconfiar. O comodismo do cidadão existe, mas isto também é reflexo da baixa credibilidade dos políticos, algo para o qual a esquerda contribuiu nas últimas duas décadas, a partir do seu ingresso nas esferas superiores do poder.
A enquete é um ótimo instrumento de consulta popular assim como a pesquisa e o plebiscito, mas é preciso que o cidadão seja preparado e estimulado a usá-la. Primeiro, necessita-se dizer o que significa e qual sua importância. Seria interessante fazer um vídeo com um simulado -passo-a-passo - de como empregá-lo. Seria relevante realizar uma audiência pública para fazer um diagnóstico da situação da saúde para que se opine com algum nível de fundamentação técnica sobre o setor. Que os técnicos da saúde vão aos programas de rádio fazendo este diagnóstico e apresentando as possíveis soluções. O acesso à enquete está disponível apenas em QR code, acho bom também inserir um endereço eletrônico.
Colocar simplesmente o card no Instagram e no Whatsapp significa fracasso certo ou êxito limitado na utilização da ferramenta. Deixando claro que nada pode substituir a pesquisa acadêmica, que deve ser estimulada pra ontem. Os partidos, as lideranças sociais, os sindicatos e associação de moradores e, sem dúvida, a imprensa devem ser mobilizados. No entanto, cabe a Sesau produzir um documento diagnóstico para dar substância às discussões. Sem cercar a iniciativa destes ou de alguns cuidados preparatórios, os vícios do OP contaminarão a enquete ou seja, grupos políticos de esquerda se aparelharão para tomar de assalto o debate público.
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