Entrevista de Gustavo Carmo, alguns avanços e ainda pouca transparência

 






Juntando tudo  que já foi dito sobre e durante a  greve dos professores com a entrevista do secretário de Educação Gustavo Carmo, no programa Primeira Mão, nesta sexta-feira,10, fica-se a impressão que a Prefeitura não tem mesmo transparência nem boa vontade para lidar com direitos trabalhistas ou da própria população, isso, para mim, é o mesmo que dizer que a greve poderia ter sido evitada.


Gustavo Carmo tem credibilidade como gestor, tanto que as negociações avançam, o rateio dos precatórios do Fundef está quase acertado, embora ainda deva passar por aprovação pelos professores, em assembleia, segunda-feira, 14, à tarde. No mesmo dia, pela manhã, os representantes dos professores realizam mais uma rodada de negociação com a Prefeitura, sobre outros pontos da pauta, como o rateio do Fundeb e o reajuste do piso salarial.


Quase tudo adiantado, mas a Prefeitura vai ratear o montante de R$48 mi entre os professores na ativa de 1998 a 2000, quando só teriam direito ao benefício, de fato, aqueles que trabalharam entre 1998 a 2006, aqui entra o populismo de Joaquim Neto, abanando com o chapéu alheio. Ele também poderia começar a tratativa do rateio desde de 1º de janeiro, mas não o fez, necessitou que fosse deflagrada uma greve para tomar a iniciativa.


Quanto ao rateio dos restos do FUNDEB, que é outro assunto, Carmo afirmou que não havia base legal para fazê-lo em dezembro. A categoria discorda, tanto que esse é um dos principais motivos da paralisação. Sobre o reajuste de 33% do piso salarial, o secretário não se manifestou na entrevista claramente. Por essas e por outras, os professores não se sentem confiantes em suspender a greve. Existem ainda escolas em situação precária para retorno às aulas. 


Apenas um alô para a vereadora Juci Cardoso, presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores, pessoas estão passando madrugadas inteiras para conseguir marcar consultas e exames há cinco anos, isso quando existem vagas. Já houve momentos que para obterem-se exames mais complexos, as pessoas ficavam 12 horas na fila, de oito da noite a oito da manhã - sofrimento, humilhação, constrangimento e crueldade, até quando? 


Mais uma coisinha. Se você quiser pegar um ônibus na rodoviária até as 6h, você terá que pegar um uber ou um mototaxi, nesse horário não tem ônibus circulando, embora a passagem seja uma fortuna. A vereadora Luma de Menezes já pediu uma cópia do estudo contratado pela Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito - SMTT, que fundamentou o último aumento tarifário.


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