Bolsonaro tem mais apoio de governadores do Sudeste e do Sul




O candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, sai da votação de domingo com números expressivos para compor o Congresso Nacional e com vitórias de apoiadores para governo em estados relevantes. Dois dias depois, o presidente consegue o apoio de governadores e de governadores eleitos, fora de sua base eleitoral, ampliando as alianças e reforçando de maneira bastante relevante seu palanque neste segundo turno. A situação mais cômoda está no Sudeste e no Sul, reunindo um grupo de lideranças que saem das urnas com milhões de votos e ainda tem a predominância no centro-oeste e grande parte do norte do país, em termos de aceitação popular.


 Os casos mais significativos foram as adesões de Romeu Zema, governador de Minas Gerais e de Rodrigo Garcia, de São Paulo. Diz a lenda que para ganhar no Brasil tem que ganhar em Minas, Bolsonaro fez a lição de casa, conquistando o maior cabo eleitoral do estado. Rodrigo Garcia vai ajudar muito nos votos do interior paulista, neutralizando uma especulada influência de Alckmin. Ainda conta com a inserção de nomes lavajatistas como Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, eleitos senador e deputado Federal pela Paraná.


Lula conseguiu o apoio envergonhado de Ciro Gomes e crítico de Simone Tebet, com mil ressalvas certamente, já que reprovou clara e seguidamente os esquemas de corrupção vinculados ao candidato do PT. Ciro se pronunciou, argumentando que sua decisão se dá em obediência ao partido e nem citou o nome de Lula. Dificilmente eles gravarão material de apoio e muito menos subirão em palanque. 


O ex-presidente tem a seu favor o Nordeste e os votos de nove dos 10 estados com os maiores índices nacionais de analfabetismo. O economista Armínio Fraga se junta a Henrique Meirelles, nessa segunda etapa, para criar uma espécie de garantia de não radicalização no setor econômico em um eventual terceiro mandato. Na realidade, são os alckmistas prestando socorro. Embora Boulos, no Roda Viva, tenha desmerecido o papel tanto do Alckmin quanto o de Meirelles, sob o ponto de vista de uma circunstancial  influência no programa de governo, ainda não apresentado.


A campanha de Lula na realidade se resume a mostrar fiadores e é uma grande moção de desagravo indevida. Lula perde agora a força da mídia e das pesquisas a seu favor, desmoralizadas com os resultados discrepantes do primeiro turno, suspeitas de terem interferido indevidamente no pleito em benefício da esquerda.


O candidato petista ainda requentou apoios que já foram manifestados no primeiro turno, para render o feijão. O MDB se dividiu, Bolsonaro conta com o alinhamento de 15 diretórios estaduais e Lula com o de 12 deles. Bolsonaro arranca com mais força mesmo que tenha que reverter mais de 2 milhões de votos ou convencer mais de 5 milhões dos 35 milhões de abstinentes, nulos e brancos. Ao que parece não será tarefa difícil. Lula terá que suar mais a camisa, especialmente porque, no decorrer de outubro, a população tenderá a sentir mais concretamente os efeitos benéficos da deflação e da melhora na economia.


Veja a lista de apoiadores de Bolsonaro:


 Até o momento, Bolsonaro tem se saído melhor entre os governadores eleitos neste primeiro turno, que gozam de apoio majoritário em seus estados. Sete candidatos a Executivos estaduais que saíram vitoriosos das urnas no último domingo (2) declararam apoio ao atual presidente.


Nesta terça-feira (4), governadores dos três maiores colégios eleitorais do país anunciaram apoio a Bolsonaro – Cláudio Castro (PL), reeleito governador do Rio de Janeiro; Romeu Zema (MG), reeleito para o governo de Minas Gerais; e Rodrigo Garcia (PSDB). O tucano, sucessor de João Doria, não foi reeleito em São Paulo; Bolsonaro, entretanto, é aliado de Tarcísio de Freitas, que ficou à frente do adversário Fernando Haddad (PT) no primeiro turno.


Entre os 15 governadores eleitos neste domingo, apenas três ainda não declararam apoio a nenhum dos candidatos: Ronaldo Caiado (União Brasil), reeleito em Goiás;  Wanderley Barbosa (Republicanos), reeleito em Tocantins, e Clécio (SD), eleito pelo Amapá. 


Entre os demais, os sete que declararam apoio a Bolsonaro são Cláudio Castro (RJ); Ratinho Jr. (PR); Mauro Mendes (MT); Ibaneis Rocha (DF); Gladson Cameli (AC); Antônio Denarium (RR); e Romeu Zema (MG).


Baseada em dados da Gazeta do Povo. 

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.