PEC da Transição ou PEC Kamikaze masterplus?

 

O teto dos gastos vai explodir com previsão de déficit de R$ 200 bi. E isso é só o começo. Essa é a diferença entre a esquerda e a direita. A esquerda quer mandar verba para todos os setores que lhe sustentam politicamente e se endivida ( nos endivida). A direita assume o ônus da impularidade e corta na própria carne. 

Todos acharam Bolsonaro um monstro por cortar verbas da educação e da farmácia popular, mas foi assim que se conseguiu baixar a inflação e manter o crescimento, muito graças a  preservação do capital internacional no país.  Quando Bolsonaro furou o teto para dar auxílio aos mais pobres em um ano de crise internacional e pós-pandemia, esse ano, a esquerda chamou de PEC Kamikaze e agora? Querem fazer uma hiperkamikaze só que com o nome sem conotação pejorativa.

É correto dizer que prejudicar a saúde não é o melhor caminho, deve haver outras áreas para redimensionar os gastos. O fato é que o custo federal cresce também com o nível de corrupção nos governos e prefeituras. Sem esquecer que muito se destinou a esse setor por conta da covid e muito também deve  ter sido desviado. O orçamento secreto será mantido por Lula, que por uma mágica não é mais "secreto" e a Globo deixou de criticá-lo usando a mesma vara de condão.

Sem cortes de gastos para garantir apoio político, como no caso das universidades, teremos sempre que deixar nosso desenvolvimento econômico em segundo plano. Lula vai criar 10 novos ministérios e vai ter que acomodar milhares de colaboradores de campanha. Não vamos ficar só em R$ 200 bi, esse rombo tende a aumentar. Precisaríamos crescer 10%/ano para saná-lo. Não vai acontecer, então ter-se-á que aumentar impostos e consequentemente, juros e mais uma vez quebrar a nossa industrialização, que já se reduziu pela metade pós redemocratização.

Nosso gasto com educação precisa ser melhor direcionado. Primeiro cortar a mordomia dos professores universitários que fazem caríssimos congressos Brasil afora. Depois melhorar o ensino primeiro ao invés de construir novos campis, política equivocada da qual tanto  se vangloria o próprio Lula e sobre a qual os doutores silenciam. 

Fora outras formas de jogar dinheiro pelo ralo como o FIES, que alimentou uma fábrica de diplomas no país e que gerou um contingente enorme de diplomados sem emprego ou que atuam em atividades aquém da sua "formação/deformação". Veja o exemplo do nosso IFBaiano, um elefante branco e os problemas que existem na nossa Uneb há 20 anos.

Temos que concluir as ferrovias em andamento, as refinarias e garantir energia para um crescimento sustentável acima dos 5%/ano. Assim teremos como assegurar uma educação melhor, uma saúde eficiente etc. Mas com o nosso nível de corrupção e com a máquina inchada, isso será impossível. 

Nessa eleição oficializamos a corrupção no Brasil, votando no ex-condenado. A mensagem deixada para governadores e prefeitos foi essa: "podem roubar, nós não ligamos". É por isso que o povo consciente está nas ruas até hoje. Você daria uma procuraação dando plenos direitos a um estelionatário? Foi isso que fizeram com o país nessas eleições.

O governo precisa de R$ 85 bi para manter o auxílio brasil/bolsa família de R$ 600,00. Só isso. Cortando na carne se reduziria ainda mais esse rombo. Não demora muito para haver aumento de impostos e chegar onde Dilma chegou. Se continuarmos descendo, estaremos no nível de desmonte econômico ideal para o projeto China. 

Colômbia e Chile já estão indo por esse caminho. Vamos ver como é que o gênio  do Lula se sai governando sem dinheiro dessa vez. Gerenciar em tempos de bonança qualquer um faz. Não é preciso saber pilotar um avião para ser dono de uma empresa aérea.