100 dias de Governo, poucas mudanças visíveis, mas um grande esforço em captação de recursos




Não pude comparecer à prestação de contas dos 100 dias de governo, mas, a julgar pela repercussão na mídia, há um clima de decepção por não se notar nada de muito visível realizado,  porém existe a sensação de que grande esforço foi despendido para garantir os investimentos do Governo Federal. Foram destravados os recursos para as creches Urupiara, Nova Brasília e Petrolar, já licitadas, como realizada a  habilitação de novos projetos, a exemplo das três novas unidades Básicas de Saúde a serem instaladas na Calú, Nova República e 2 de Julho, e a do CRAS3, voltado para adictos em álcool e em outras drogas, que será construído no Petrolar. O Governo do Estado acha que já fez demais com a construção de um hospital regional com 20 anos de atraso, passarão mais 20 anos para outra realização de peso - dorme sobre os louros da "vitória".


A visita de Gustavo Carmo à Brasília reforçou este empenho técnico, garantindo  que os projetos não serão intercorridos por eventuais contingenciamentos. Sua presença junto a lideranças aliadas fez com que Alagoinhas fosse inserida no PAC Drenagem, com obras às margens do Rio Catu, no encontro da avenida Silva Jardim com a 15 de Novembro e no Petrolar, no valor de R$ 82 milhões. A ampliação da cobertura de esgoto para 90%, um investimento de R$ 200 milhões, foi garantida em operação de crédito da Caixa Econômica a fundo perdido. Investimento também do PAC, um novo parque esportivo será instalado no Pirinel.


A Estação de Tratamento de Esgoto de Narandiba tem conclusão prevista em um prazo de 60 dias, com o desbloqueio de recursos na ordem de R$ 9 milhões, um proejto de mais de 20 anos do PAC 1 que se conclui agora. De Otto Alencar, teve a notícia de uma emenda parlamentar de R$ 3 milhões para a construção de uma usina de asfalto a quente, importante para a manutenção das vias urbanas. Está em negociação a intalação de três empresas no município, duas na área de petróleo e uma voltada para a produção de medicamentos. A refinaria prometeu em nota a assinatura do termo de compromisso com a Prefeitura e o Governo do Estado, frente a repercussão negativa do projeto nas redes sociais, mas a sinalização não se efetivou, um mal sinal. No governo passado, houve uma empresa do ramo de bebidas que foi anunciada, sem concretização do projeto, espera-se que não seja um déja vu.


Não se pode dizer que foi um período dedicado a arrumar a casa, pois, queira ou não, é um governo de continuidade. No entanto, há de se considerar que muitos cargos comissionados foram dispensados em novembro e muitos não retornaram e os que o fizeram precisaram de um tempo para o entrosamento com as diretrizes dos novos secretários e diretores. E estes também tiveram que tomar pé da situação. São vários contratos e convênios a serem atualizados com os governos estadual e federal. Este tempo de afinação é necessário, também deidicado ao planejamento interno e ao estabelecimento de várias rotinas e novos valores e conceitos. Acho que o saldo é positivo, e Gustavo Carmo se mantém sem aranhões, embora a herança recebida não foi tão excelente quanto faz crer, vide os débitos do SAAE e a contratação emergencial da empresa Exemplar.


Na área de saúde, houve falta de alguns médicos, situação que vem se normalizando. A boa notícia, nesta área, é a marcação de consultas on line em nove UBSs, mas nada se falou sobre o prontuário eletrônico, promessa de campanha. Em educação, a ausência de professores foi mais sentida e difícil de explicar como nas escolas Maurilio Espírito Santo, Ana Campos, Santo Antônio, Adalgisa Santos entre outras. A prefeitura teve que optar pela contrtação emergencial e provisória de profissionais, modelo REDA, com ganhos de R$ 2.400,00, inferior ao de um coveiro que recebe pela Exemplar, empresa terceirizada sem licitação, R$ 5.000,00. 


Existe demanda também de profissionais de apoio, que serão contrtados por esta mesma empresa. Pelo que se vê, estamos ainda longe das escolas em tempo integral, também meta do compromisso eleitoral. A vereadora Luma Menezes afirma em nota na internet que "relatos mostram que profissionais de apoio estão recebendo apenas R$ 350 sem capacitação para cuidar de crianças com deficiência. Um cenário inaceitável, segundo ela.


A Gerência de Transporte Municipal, que vai monitorar os horários dos ônibus, já está atuando e terá um telão no terminal coletivo informando estes aos usuários para programarem suas atividades em conformidade com o painel. Os cursos de capacitação voltados para os funcionários é outro ponto positivo deste período. A Prefeitura também se prepara para atualizar o PDDU, o Plano Municipal de Saneamento Ambiental e para  elaborar o Plano Plurianual. 


A participação popular será a base para estas experiências e isto exige muita discussão sobre o modelo a ser seguido. Espera-se que não se repitam os problemas do Orçamento Participativo quanto à falta de representatividade - baixo quórum das reniões - e ao engessamento das alternativas com relação à prioridade das intervenções. Que a população possa opinar sobre as decisões administrativas como um todo desde a compra de materiais à contratação de profissionais, passando pela construção de prédios e equipamentos públicos que sirvam à cidade como um todo. Que o morador não escolha uma obra por ano a ser entregue em seu bairro e que não sejam teleguiados pelos "companheiros" do partido.



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