Morre o Papa, se prepara a luta entre progressistas e conservadores



Ainda é cedo para medir os impactos políticos da morte do Papa Francisco ou para avaliar o peso político de sua trajetória, além de não ser respeitoso. No entanto, a cobertura midiática já está permeada pelo viés político, considerando-o como um papa progressista que não fez mais nesse sentido por conta dos conservadores. Portanto, mesmo em segundo plano, a política já está presente. Portanto, não trato do Papa, mas do enfoque da imprensa.


Antes de prosseguir, quero deixar claro que não sou conservador, apenas olho com reserva para o progressismo. Não sou de direita nem de esquerda, nem a favor do socialismo nem do capitalismo, sou ANARQUISTA COOPERATIVISTA. Sou a favor do casamento gay e do sacerdócio da mulher. Mas acho equivocados o discurso ecumênico e a sinodalidade, vou explicar porquê. Tanto progressistas quanto conservadores estão errados, em certa medida.


Avaliando a posição progressista do Papa, não vejo a inclusão dos gays e das mulheres como um problema, vejo isto como a ponta do iceberg ou melhor, são temas usados como fachada para que se adote o ecumenismo e a sinodalidade.


O ecumenismo e a sinodalidade destruirão a igreja católica se avançarem, pois trazem um mal maior que é a teologia da libertação, que pretende fazer da Igreja um mecanismo para a luta socialista, para o marxismo. Depois do funeral, estas questões irão fervilhar, mas, como disse, a mídia já sutilmente as coloca, buscando a simpatia para o progressismo.


Qual o problema do ecumenismo, que seria entender todas religiões como caminhos para Deus? O problema é que este ecumenismo  é só cobrado da Igreja Católica, enquanto os demais credos permanecem fechados. É também um equívoco dizer que todas as crenças levam a um único Deus, cada uma delas tem uma visão de Deus. As religiões devem continuar independentes para que cada um opte pela que considera mais adequada. Penso que uma pessoa pode ter um comportamento ecumenista, tirando o melhor de cada doutrina. Eu mesmo me considero culturalmente católico com  um viés ecumenista, isso é possível e é outra coisa, embora pareçam semelhantes - o perigo mora nesta sutileza.


A sinodalidade significa a democratização da Igreja. Parece uma coisa bonita, mas é outra armadilha. A Igreja tem uma teologia e um magistério, os guias espirituais, os sacerdotes, devem ter a última palavra, portanto, deve haver hierarquia. O que se terá com a sinodalidade é uma igreja frágil e  vulnerável, pois equivale a convertê-la em um parlamento, onde quem tiver mais articulação ditará os rumos da religiosidade.


O próximo Papa será um progressista, pois dos 135 cardeais que farão o conclave, 108 foram ordenados por Francisco. Um cisma está a caminho. Que a alma de Jorge Mário Bergoglio descanse em paz, ele certamente estará nos braços do pai, afinal, ele é o Papa, sua alma está salva, que cada um de nós cuide da sua.

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