Debate de candidatos a prefeito de Alagoinhas do Intera contribui com o voto consciente
O debate do podcast Intera, ontem,12, comandado por Rayner, mostrou em termos de propostas menos do que os candidatos presentes Ednaldo Sacramento (PSTU), Gustavo Carmo (PSD) e Leandor Sanson (Novo) apresentaram em entrevista no mesmo veículo e na Radio Web 2 de Julho , de Caio Pimenta, Chico Reis, José Gomes e Luciano Reis. Realizei matérias sobre estes encontros, deixarei os links abaixo. Causa disto, o natural nervosismo, o cansaço de um mês de campanha e a pressão do tempo, normal. Não se esperava que Ednaldo e Sandon batessem tão duro na administração de Joaquim Neto, padrinho político de Gustavo, como também na sua própria gestão na secretaria de Educação.
Gustavo Carmo se colocou bem na defesa de sua atuação governamental. Afirmou que os descontos de INSS e Imposto de Renda no pagamento dos Precatórios do FUNDEF eram obrigatórios e afirmou que o crescimento do IDEB nos anos inciais de 0,1 deve ser comemorado porque representa o esforço de todos que fazem a educação no município. Argumentou que programas como o Educar pra Valer, inspirados na experência de Sobral-CE, surtirão efeito a longo prazo.
Tanto o governo municipal quanto um grupo de professoras judicializam a cobrança dos encargos sobre os precatórios, mas estes questionam ainda na justiça o rateio entre todos do quadro atual, quando só tinham direito os que atuavam no período correspondente à dívida ou quando a dívida foi contraída. No caso, parece que a Prefeitura abanou com o chapéu alheio. Carmo mencionou neste tema as mais de 40 escolas qualificadas e a implantação de laboratórios de informática e os primeiros passos em direção ao emprego de novas tecnologias como a Girotéca e a mesa tablet. Ednaldo Sacramento apresentou sua proposta de unir as secretaria de educação e de cultura. Defendeu a ocupação dos cargos comissionados por funcionários de carreira.
Outro ponto questionado por Sanson quanto por Ednaldo foi o esgotamento sanitário e os recursos irrisórios destinados ao meio ambiente. Sanson quer criar a secretaria de Desenvolvimento Agrário e Meio Ambiente. Gustavo não rebateu as críticas, preferiu informar sobre seu plano de implantar a secretaria de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda. Em entrevista a Rayner, disse que o governo atual deixará a município com 70% de cobertura, não se sabe se com tratamento ou sem. Gustavo se desviou de todas as críticas dirigidas ao atual prefeito. Sanson chegou a reprovar a estratégia, afirmando que este também era seu governo. Em um momento adiante, lembrou que o candidato também fez parte do governo de Paulo Cezar, ausente neste debate quanto no da Subaé, na semana anterior.
Na parte de infraestura, Gustavo Carmo se saiu melhor que os demais, pois foi único com propostas concretas, mesmo que muitas delas dependam de parcerias com os governos do Estado e Federal, como a duplicação da BR 110, o retorno ao trem de passageiros com veículos modernos e o aeroporto, que na ideia do seu tio Juscélio Carmo, deve ser destinado a cargas. Falou do anel viário e da abertua de novas avenidas para dar maior fluidez ao trânsito quanto para interligar pontos residenciais da cidade ao eixo de comércio e serviços.
Ednaldo e Sanson perderam muito tempo no embate entre capitalismo e socialismo, embora importante e rico. O socialista chegou a defender a ênfase nas médias e pequenas empresas, pois são as que empregam mais, desconhecendo que o desenvolvimento município se dá por conta das cervejarias, da fábrica de refrigerantes e das empresas de serviços de educação, saúde e comércio. As fábricas pequenas como a Natural Gurt têm dificuldades de concorrer com as grandes empresas. Mas aventou uma possibilidade interessante, que estas sejam geridas por cooperativas. ANARQUISMO GRAÇAS A DEUS. Não discorreu sobre seu projeto de reestatização dos serviços públicos, incluindo o transporte público, o mencionou apenas.
Leandro Sanson foi o único a lembrar da escola em tempo integral, vinculada, para ele, ao ensino profissionalizante. Neste ponto, Gustavo fez menção ao convênio já desenhado com o Sesi que está instalando uma significativa unidade educacional no município, incluindo os estudantes da Educação de Jovens e Adultos - EJA, contemplando o ensino de robótica. O candidato do Novo discorreu sobre a telemedicina e junto com Gustavo defendeu a prontuário médico eletrônico. De modo geral todos são simpáticos a ideia de estender o período de atendimento nos postos médicos (UBS). Carmo citou avanços conquistados por seu grupo político como a UPA de Santa Terezinha, o hospital Materno-infantil e o Hospital Regional. Ninguém ainda falou que precisamos de um megalaboratório municipal.
Ednaldo Sacramento, em suas considerações finais, tocou em um ponto sensível, os dois candidatos que lideraram as perquisas de agosto, representam as três últimas administrações, que seguiram o mesmo modelo de gestão com as principais realizações vindas dos Governos Federal e Estadual ou frutos de emendas parlamentares e todos estavam alinhados com o PT.
O novo TABU da máquina pública inchada não foi posto, algo que explicaria o baixo investimento com recursos próprios em uma Prefeitura que arrecada mais de R$ 600mi/ano. O outro TABU dos alguéis de imóveis só foi colocado com relação ao prédio da Secretaria de Educação. Gustavo achou natural se gastar R$ 19 mil (por ano ou por mês?) de locação e nenhum dos dois contestou os valores. Depois da entrevista de Renato Almeida ao mesmo Intera, ficou claro que é preciso debater os números da prefeitura e propor soluções utilizando a mesma base financeira. NINGUÉM falou sobre CULTURA, sintomático.
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