Sete dias para definir o novo prefeito de Alagoinhas
Faltam sete dias, estamos em pleno mar... Uma escolha que seria fácil se fossem apenas Paulo Cezar X Gustavo Carmo. PC tem um histórico de condenação por corrupção e uma conhecida limitação intelectual e Gustavo Carmo é competente, tem o nome limpo e boas ideias. Mas a coisa começa a sair dos trilhos de uma lógica simples e cartesiana, porque PC é carismático e tem 40 anos de serviços prestados à cidade, o que lhe garante um eleitorado fiel.
Tudo se complica também e muito pela rejeição de Joaquim Neto e de Joseíldo Ramos e pelo histórico de envolvimento em corrupção do PT. Para completar, a última pesquisa Seculus foi bastante questionada pela falta de equivalência nas amostragens. Pelo exposto na internet, bairros pequenos tiveram mais entrevistados que o Barreiro, o mais populoso. Esta necessidade da presença de Rui Costa na reta final também mostra que o pleito está em aberto. Mesmo antes, as visitas constantes de Jerõnimo Rodrigues ao município denotavam dificuldade de fazer PC derreter.
O argumento de Gustavo Carmo de que agora Alagoinhas reuniu grandes lideranças pelo futuro do município não é irrefutável. No tempo das vacas gordas, Joseíldo Ramos tinha Wagner e Lula como aliados, situação até melhor, e nada fez. A reunião de duas lideranças tão distintas em termos de pensamento político como Joseíldo e Joaquim Neto depõe mais contra do que a favor. Confusão à vista é o que se imagina. Gustavo com suas qualidades é em si o grande diferencial, no final das contas. Estranhamente, mas normal, Joseíldo se manteve distante da campanha e a militância do PT não foi para as ruas.
Por outro lado, o fiador intelectual de PC é o bem composto e coeso grupo de Paulo Azi, este também com reputação ilibada. Mas no passado, PC e Paulo Azi caminharam juntos e romperam. E bem que se diga, mesmo com limitações, a gestão de PC não destoou em qualidade das administrações de Joseíldo e de Joaquim. Há quem considere que, dos três, ele foi o melhor.
As propostas de Gustavo Carmo são interessantes e inovadoras de fato, mas mostram-se desarticuladas e carecem de detalhes relevantes e diagnóstico. Se equiparam às de Ednaldo Sacramento e às de Leandro Sanson(ver link abaixo de matérias referentes). Todos ficam devendo quanto à demonstração de viabilidade orçamentária e exequibilidade. Faltaram aos três um senso de hierarquia, o estabelecimento de metas e a explicitação de modelos operacionais. As pautas identitárias, cultura e lazer foram esquecidas completamente, denunciando que pensam a cidade em termos de asfalto e cimento, como as últimas três gestões.
O ensino profissionalizante esteve presente nos debates, mas, de novo, não disseram claramente COMO será implementado. O ensino em tempo integral foi deixado de lado. Segue o mesmo caminho das creches, que antigamente eram prioridade absoluta, hoje ninguém lembra que exista tal demanda. A disputa está em aberto, mas parece que Gustavo responde melhor aos desafios da atualidade, esse deve ser o seu trunfo, convencer que está mais preparado, pois seu time já não empolga tanto quanto antes.
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